Eleições estaduais no Espírito Santo em 1998
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1998 ocorreram em 4 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador José Ignácio Ferreira, o vice-governador Celso Vasconcelos, o senador Paulo Hartung, 10 deputados federais e 30 estaduais. Como o candidato mais votado obteve um total superior à metade mais um dos votos válidos o pleito foi decidido em primeiro turno e conforme a Constituição a posse do governador e de seu vice-governador se daria em 1º de janeiro de 1999 para quatro anos de mandato já sob a égide da reeleição.[1][2][3][4][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1998 | ||||
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4 de outubro de 1998 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | José Ignácio Ferreira | Albuíno Azeredo | ||
Partido | PSDB | PDT | ||
Natural de | Vitória, ES | Vila Velha, ES | ||
Vice | Celso Vasconcelos | Sandra Gomes | ||
Votos | 723.853 | 162.109 | ||
Porcentagem | 61,29% | 13,73% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (77): José Ignácio (76) Albuíno Azeredo (1) Sem Informações (1) | ||||
Titular Eleito | ||||
Advogado formado na Universidade Federal do Espírito Santo, o professor José Ignácio Ferreira nasceu em Vitória e foi promotor de justiça em diferentes cidades do Espírito Santo.[5] Sua carreira política teve início em 1962 quando foi eleito vereador na capital capixaba e após a vitória do Regime Militar de 1964 elegeu-se deputado estadual via MDB em 1966, mas teve o mandato cassado em 13 de março de 1969 pelo Ato Institucional Número Cinco e os direitos políticos suspensos por dez anos,[6] ao fim dos quais foi escolhido presidente da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil. Filiado ao PMDB, elegeu-se senador por uma sublegenda em 1982. Eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985[7] e presidiu a CPI da Corrupção que investigou o Governo Sarney.[8] Integrante do grupo de fundadores do PSDB, deixou o partido ao ingressar no PFL e aceitar a liderança do Governo Collor no Senado Federal. Derrotado ao disputar o governo capixaba em 1990, foi nomeado presidente da Telebrás.[9] De volta ao PSDB foi eleito para um segundo mandato de senador em 1994 e venceu a eleição para governador do Espírito Santo em 1998.[5]
O cargo de vice-governador foi entregue pelas urnas a Celso Vasconcelos. Empresário da construção civil, foi assessor da Companhia Docas do Espírito Santo e ingressou na política como vereador em Vila Velha pelo PFL em 1988 e conseguiu um novo mandato via PSDB em 1996.[1][2]
Economista nascido em Guaçuí e diplomado na Universidade Federal do Espírito Santo,[10] Paulo Hartung era militante clandestino do PCB e presidiu o Diretório Central dos Estudantes antes de ingressar no MDB e participar do Comitê Brasileiro pela Anistia. Eleito deputado estadual pelo PMDB em 1982 e 1986, integrou a delegação capixaba presente no Colégio Eleitoral e assim votou em Tancredo Neves em 1985.[7] Eleito deputado federal via PSDB em 1990, votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992[11] e nesse mesmo ano foi eleito prefeito de Vitória. Em 1998 conquistou um mandato de senador.[12]
Ressalte-se que a eleição de Paulo Hartung ao Palácio Anchieta em 2002 suscitou a efetivação do advogado João Batista Mota. Nascido em Ibiraçu, formou-se na Universidade Federal do Espírito Santo. Empresário e produtor rural, pertenceu ao MDB, entretanto sua estreia política aconteceu no PMDB ao eleger-se prefeito de Serra em 1982. Ao fim do mandato já pertencia ao PSDB e nessa legenda foi eleito deputado federal em 1990, retornou à prefeitura de Serra em 1992 e obteve uma suplência de senador em 1998.[13][14]