Edifício de Ventura Terra
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Edifício de Ventura Terra, é um edifício localizado na Rua Alexandre Herculano, n.º 57-57C, na freguesia de Santo António, Lisboa.
Edifício de Ventura Terra | ||||
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Fachada principal do edifício | ||||
Nomes alternativos | Alexandre Herculano, 57-57C | |||
Tipo | Edifício residencial | |||
Arquiteto | Miguel Ventura Terra(1902) Construtor Abílio Pereira de Campos (1902-1903) Escultor António Teixeira Lopes (1903) Pintor de azulejo Fábrica das Devesas (1903) | |||
Fim da construção | 1903 (121 anos) | |||
Prémios |
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Proprietário inicial | Miguel Ventura Terra | |||
Função inicial | Residencial | |||
Proprietário atual | Pública: estatal | |||
Função atual | Residencial | |||
Estilos arquitetónicos | Ecletismo, Arte Nova | |||
Número de andares | 4 | |||
Património Nacional | ||||
Classificação | Imóvel de Interesse Público | |||
Ano | 2006 | |||
DGPC | 71065 | |||
SIPA | 3100 | |||
Geografia | ||||
País | Portugal | |||
Cidade | Lisboa | |||
Localidade | Rua Alexandre Herculano, 57-57C | |||
Distrito | Lisboa | |||
Freguesia | Santo António | |||
Coordenadas | 38° 43' 13.83" N 9° 9' 11.42" O |
Com projecto do arquitecto Miguel Ventura Terra, igualmente seu proprietário, ganhou o Prémio Valmor de 1903[1].
Das muitas construções terminadas na cidade de Lisboa durante o ano de 1903, a mais sonante talvez seja o Edifício de Ventura Terra, o edifício construído no terreno localizado na rua Alexandre Herculano, lado sul entre a rua do Vale e o largo do Rato. O proprietário do terreno e do edifício, era o arquitecto Miguel Ventura Terra, e foi o mesmo que projectou o edifício, que por satisfazer de modo geral as cláusulas estabelecidas impostas durante o legado do Visconde de Valmor, e por ser um objecto considerado belo e artístico, digno de uma capital como era Lisboa. Admirado pela sua rigorosidade na composição de linhas e de um original efeito decorativo resultante da harmonia entre a mancha dos suas intenções e motivos de várias cores e em relevo, que formavam uma perfeita composição juntamente com os menores detalhes que se dispõem em toda a construção. A obra teve uma especial atenção do júri, porque estava evidente neste edifício técnicas novas de construção, assim como utilização de materiais ou produtos nacionais, promovendo assim o azulejo que é muito utilizado nesta casa, factores que valeram ao arquitecto e a sua obra o Prémio Valmor em 1903.
O prédio foi legado pelo seu proprietários às Escolas de Belas Artes de Lisboa e do Porto «destinando o seu rendimento líquido para pensões a estudantes pobres das escolas que mostrem decidida vocação para as Belas-Artes»[1].
O Edifício de Ventura Terra, foi uma das primeiras construções da recente Avenida Alexandre Herculano, eixo de grande importância do engenheiro Frederico Ressano Garcia, que na altura era o engenheiro da Câmara Municipal de Lisboa. É um prédio de habitação projectado em 1902, e foi inaugurado em 1903. Um projecto do arquitecto Miguel Ventura Terra, onde o mesmo era o proprietário, ocupando o primeiro piso do edifício como sua própria residência, é uma obra única, apenas reproduzida pelo próprio arquitecto em posteriores trabalhos.
Em 11 de março de 2020, foi noticiado que a Universidade de Lisboa, com o intuito de vender o edifício, mandou retirar a placa que se encontrava na sua fachada em homenagem a Miguel Ventura Terra, tendo a mesma sido destruída durante a remoção.[2]