Duilio (couraçado)
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O Duilio foi um navio couraçado operado pela Marinha Real Italiana e a segunda e última embarcação da Classe Andrea Doria, depois do Andrea Doria. Sua construção começou em fevereiro de 1912 no Estaleiro Real de Castellammare di Stabia e foi lançado ao mar em abril do ano seguinte, sendo comissionado na frota italiana no início de maio de 1915. A embarcação entrou em serviço um ano após a Itália entrar na Primeira Guerra Mundial, porém ele e seu irmão nunca foram utilizados em operações ofensivas devido à adoção de estratégias navais cautelosas.
Duilio | |
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Itália | |
Operador | Marinha Real Italiana Marinha Militar Italiana |
Fabricante | Castellammare di Stabia |
Homônimo | Caio Duílio |
Batimento de quilha | 24 de fevereiro de 1912 |
Lançamento | 24 de abril de 1913 |
Comissionamento | 10 de maio de 1915 |
Descomissionamento | 15 de novembro de 1956 |
Destino | Desmontado |
Características gerais (como construído) | |
Tipo de navio | Couraçado |
Classe | Andrea Doria |
Deslocamento | 24 729 t (carregado) |
Maquinário | 3 turbinas a vapor 20 caldeiras |
Comprimento | 176 m |
Boca | 28 m |
Calado | 9,4 m |
Propulsão | 4 hélices |
- | 30 000 cv (22 100 kW) |
Velocidade | 21 nós (39 km/h) |
Autonomia | 4 800 milhas náuticas a 10 nós (8 900 km a 19 km/h) |
Armamento | 13 canhões de 305 mm 16 canhões de 152 mm 19 canhões de 76 mm 3 tubos de torpedo de 450 mm |
Blindagem | Cinturão: 250 mm Torres de artilharia: 280 mm Casamatas: 130 mm Convés: 98 mm Torre de comando: 280 mm |
Tripulação | 35 oficiais 1 198 marinheiros |
Características gerais (após modernização) | |
Deslocamento | 29 863 t (carregado) |
Maquinário | 2 turbinas a vapor 8 caldeiras |
Comprimento | 186,9 m |
Boca | 28 m |
Calado | 10,3 m |
Propulsão | 2 hélices |
- | 75 000 cv (55 200 kW) |
Velocidade | 26 nós (48 km/h) |
Autonomia | 4 000 milhas náuticas a 18 nós (7 400 km a 33 km/h) |
Armamento | 10 canhões de 320 mm 12 canhões de 135 mm 10 canhões de 90 mm 15 canhões de 37 mm 16 canhões de 20 mm |
Tripulação | 35 oficiais 1 450 marinheiros |
Depois da guerra, o Duilio se envolveu em operações no Mar Negro em 1919, na Albânia em 1920 e no Incidente de Corfu em 1923, também realizando viagens pelo Mar Mediterrâneo. O navio em seguida passou por um enorme processo de modernização e reconstrução no Cantieri del Tirreno que durou três anos, entre 1937 e 1940. Dentre as diversas modificações realizadas, uma de suas torres de artilharia foi removida, seus canhões principais foram alargados de 305 para 320 milímetros, seu maquinário interno foi substituído e sua superestrutura reconstruída.
O couraçado participou de operações na Segunda Guerra Mundial na escolta de comboios para o Norte da África e tentativas de encontrar forças britânicas. Foi danificado por um torpedo em novembro de 1940 e passou cinco meses em reparo. Escassez de combustível fez a embarcação permanecer inativa de 1942 até a rendição italiana em setembro de 1943. Depois disso ficou internado sob supervisão Aliada. O Duilio permaneceu com a Marinha Militar depois da guerra até ser colocado na reserva em 1953 e tirado do serviço em 1956, sendo então desmontado.