Disforia de gênero
classificação psiquiátrica da discordância entre a identidade de gênero e o sexo atribuído no nascimento / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Disforia de gênero (português brasileiro) ou disforia de género (português europeu) é uma condição caracterizada pelo desconforto persistente com características sexuais ou marcas de gênero que remetam ao gênero atribuído ao nascer. A orientação sexual da pessoa com a condição pode ser qualquer uma e não é analisada nesse diagnóstico.[4] Tal condição não se trata de uma depravação sexual.[5]
Disforia de gênero | |
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Sinónimos | Transtorno da identidade de gênero |
Especialidade | psiquiatria, psicologia |
Sintomas | Angústia relacionada ao gênero ou sexo designado a alguém[1][2] |
Complicações | Transtornos de alimentação, suicídio, depressão, ansiedade, isolamento social[3] |
Condições semelhantes | Variação na identidade ou expressão de gênero que não é angustiante[1][2] |
Tratamento | Transição, psicoterapia[2] |
Medicação | Hormônios (ex., androgênios, antiandrogênios, estrogênios, testosterona) |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | F64.2 |
CID-9 | 302.6 |
CID-11 | 90875286 |
MedlinePlus | 001527 |
MeSH | D000068116 |
Leia o aviso médico |
O objetivo do tratamento endócrino, psicológico e cirúrgico está em levar o indivíduo a se sentir mais confortável com sua identidade de gênero, aumentar seu bem-estar psicológico e atingir autorrealização. Frequentemente o tratamento inclui hormônios e cirurgia de redesignação sexual.[6]
Para alguns autores, sobretudo no campo das ciências humanas, a vivência de um gênero (social, cultural) discordante com o típico de um determinado sexo (biológico) não é compreendida como uma patologia ou como um transtorno, mas sim como uma questão de identidade.[7] Por isso, mais adequado seria falar em transgeneridade.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que passou a ser conhecido como DSM-5, classifica disforia de gênero como distúrbio mental. O DSM-5 deixou de usar o termo transtorno de identidade de gênero e transgênero por não ser o termo médico correto, e assim usar o termo correto, disforia de gênero.
No entanto, a transgeneridade é considerada um transtorno de identidade de gênero pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID 10), e, no Brasil, é essa classificação que garante às pessoas transgénero o direito à terapia hormonal, psicoterapia e à cirurgia de redesignação sexual.[8]