Diabetes mellitus tipo 2
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Diabetes mellitus do tipo 2 é um distúrbio metabólico caracterizado pelo elevado nível de glicose no sangue, resistência à insulina e relativa falta de insulina.[6] Os sintomas mais comuns são a sede excessiva, micção frequente e perda de peso inexplicável.[3] Outros possíveis sintomas são fome excessiva, fadiga e feridas que não cicatrizam.[3] Em muitos casos os sintomas manifestam-se de forma gradual e lenta.[6] Entre as complicações a longo prazo dos níveis elevados de glicose estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia diabética que pode causar cegueira, insuficiência renal e má circulação de sangue nos membros que pode levar a amputações.[2] Pode ainda ocorrer Coma hiperosmolar hiperglicémico de aparecimento súbito, embora a cetoacidose diabética seja pouco comum.[4][5]
Diabetes mellitus tipo 2 | |
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Símbolo universal da diabetes mellitus.[1] | |
Sinónimos | Diabetes mellitus não-insulino-dependente, diabetes tardia[2] |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Sede frequente, micção frequente, perda de peso inexplicável, fome excessiva[3] |
Complicações | Coma hiperosmolar hiperglicémico, cetoacidose diabética, doenças cardiovasculares, AVC, retinopatia diabética, insuficiência renal, amputação[2][4][5] |
Início habitual | Meia-idade ou em idoso[6] |
Duração | Crónica[6] |
Causas | Obesidade, falta de exercício, genéticas[2][6] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue[3] |
Prevenção | Manter um peso saudável, exercício físico, dieta equilibrada[2] |
Tratamento | Alterações na dieta, metformina, insulina, cirurgia bariátrica[2][7][8][9] |
Prognóstico | Diminuição de 10 anos na esperança de vida[10] |
Frequência | 392 milhões (2015)[11] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E11 |
CID-9 | 250.00, 250.02 |
CID-11 | 119724091 |
OMIM | 125853 |
DiseasesDB | 3661 |
MedlinePlus | 000313 |
eMedicine | article/117853 |
MeSH | D003924 |
Leia o aviso médico |
A diabetes do tipo 2 ocorre como consequência da obesidade e falta de exercício físico.[2] Algumas pessoas apresentam uma predisposição genética superior.[6] A diabetes do tipo 2 corresponde a 90% dos casos de diabetes, sendo os restantes 10% constituídos principalmente por diabetes do tipo 1 e diabetes gestacional.[2] Na diabetes do tipo 1, as células beta do pâncreas não produzem insulina em quantidade suficiente para controlar a glicose no sangue.[12][13] O diagnóstico da diabetes é feito com análises ao sangue que avaliam a quantidade de glicose no plasma, provas de tolerância à glicose oral ou hemoglobina glicosilada.[3]
A diabetes do tipo 2 pode ser parcialmente evitável mantendo um peso saudável, praticando exercício físico com regularidade e mantendo uma dieta equilibrada.[2] O tratamento consiste em exercício físico e dieta adequada.[2] Quando estas medidas não são suficientes para diminuir a quantidade de glicose no sangue, geralmente é recomendada a administração de metformina.[7][14] Muitas pessoas podem eventualmente necessitar de injeções de insulina.[9] A avaliação periódica dos níveis de glicose está recomendada para pessoas que se encontram a tomar insulina, embora nem sempre seja necessária em pessoas a tomar apenas medicação.[15] Em pessoas obesas, a cirurgia bariátrica pode melhorar a diabetes.[8][16]
A incidência da diabetes tem subido de forma significativa desde a década de 1960, em paralelo com a obesidade.[17] Em 2015 havia 392 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes do tipo 2, muito mais do que os 30 milhões em 1985.[11][18] A doença tem geralmente início durante a meia-idade ou durante a terceira idade,[6] embora a incidência esteja a aumentar em pessoas jovens.[19][20] A diabetes do tipo 2 está associada a uma diminuição de dez anos na esperança de vida.[10] A diabetes foi uma das primeiras doenças a ser descrita.[21] A importância da insulina na diabetes foi determinada na década de 1920.[22]