Deportação dos intelectuais armênios
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A deportação de intelectuais armênios, às vezes conhecida como Domingo Vermelho (armênio ocidental: Կարմիր կիրակի Garmir giragi),[1] foi um evento que costuma ser considerado como o início do genocídio armênio. Nele, os líderes da comunidade armênia na capital otomana de Constantinopla, e, posteriormente, em outros locais, foram presos e enviados para dois centros de detenção perto de Ancara. A ordem foi dada pelo Ministro do Interior Talat Paxá, em 24 de abril de 1915. Naquela noite, a primeira onda de 235 a 270 intelectuais armênios de Constantinopla foram presos. Por fim, o número total de detenções e deportações atingiu os 2 345. Com a adoção da Lei Tehcir, em 29 de maio de 1915, esses detentos foram posteriormente realocados dentro do Império Otomano; a maioria deles foram, consequentemente, mortos. Cerca de oitenta, como Vrtanes Papazian e Komitas, sobreviveram.
Parte do Genocídio armênio | |
---|---|
Alguns dos intelectuais armênios que foram deportados e mortos em 1915: Em cima: Krikor Zohrab, Daniel Varoujan, Rupen Zartarian, Ardashes Harutiunian, Siamanto | |
Local: | Império Otomano |
Contexto: | Primeira Guerra Mundial Guerra de independência turca Genocídio armênio |
Período: | 24 de abril de 1915 |
Vítimas: | Intelectuais armênios |
Tipo de agressão: | Deportação, Assassinato em massa |
Número de vítimas: | pelo menos 2 345 |
O evento tem sido descrito pelos historiadores como um golpe de decapitação,[2][3] que tinha a intenção de privar a população armênia de liderança e de uma chance de resistência.[4] Para homenagear as vítimas do genocídio armênio, o dia 24 de abril é o Dia em Memória ao Genocídio Armênio. Utilizada pela primeira vez em 1919, nos quatro anos de aniversário dos eventos em Constantinopla, a data é geralmente considerada o dia em que o genocídio começou. O genocídio armênio desde então tem sido lembrado, anualmente, no mesmo dia, que tornou-se um feriado nacional na Arménia e na República de Artsaque e é lembrado pela diáspora armênia em todo o mundo.