Deficiência auditiva
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Deficiência auditiva se caracteriza como a perda parcial ou total da capacidade de ouvir e tende a se manifestar em graus, sendo eles: leve, moderado e severo. Os graus da perda auditiva fazem referência a redução da sensibilidade ou da discriminação auditiva do indivíduo.[1]
Deficiência auditiva | |
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Símbolo Internacional da Surdez | |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | H90-H91 |
CID-9 | 389 |
DiseasesDB | 19942 |
MeSH | D034381 |
Leia o aviso médico |
É a alteração sensorial mais frequente da humanidade, afetando pessoas de todas as idades, em todos os segmentos da população e níveis socioeconômicos. A deficiência auditiva pode ter como causa doenças genéticas ou doenças adquiridas e fatores ambientais. Exemplos dessas causas são: genética ou hereditariedade, envelhecimento (presbiacusia), exposição a ruído (perda auditiva induzida pelo ruído – PAIR), infecções (as do complexo TORCH[2]), complicações perinatais, traumas físicos, medicamentos e agentes ototóxicos. As perdas auditivas de etiologia (origem) genética, em sua maior parte, são de grau severo e profundo, enquanto que a maioria das perdas de causa ambiental são de grau leve e moderado.[3]
Cerca 466 milhões de pessoas sofrem de perda auditiva com marcas de invalidez no mundo e deste total, 34 milhões são crianças. Mas segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este quadro pode piorar até 2050, quando mais de 900 milhões de pessoas deverão registrar perda de audição nesse mesmo nível. [4] No Brasil, existe cerca de 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, de acordo com um estudo feito em 2019 pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda. Em países desenvolvidos, existe predomínio das causas genéticas de perda auditiva, já nos países em subdesenvolvimento e em desenvolvimento as causas adquiridas são mais predominantes. [3]
Dentre todas as privações sensoriais, a perda auditiva é a que produz o maior impacto no processo da comunicação. As consequências negativas das perdas auditivas não estão limitadas apenas à perda na audição, mas também limitação e restrição de participação em atividades de situação de vida diária [5]. Por exemplo, crianças com deficiência auditiva, congênita ou adquirida, podem apresentar dificuldades com a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral caso não ocorra o processo de intervenção e reabilitação auditiva. Através da intervenção precoce e da reabilitação, têm-se como objetivo minimizar as dificuldades de aquisição promovendo o desenvolvimento da linguagem oral por meio da audição. [6]