Cultura Clóvis
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A Cultura Clóvis é uma cultura pré-histórica da América que surgiu há cerca de 13 200-12 900 anos, no final da última Idade do Gelo.[1] Chama-se assim por causa dos artefatos encontrados perto da cidade americana de Clovis, nos Estados Unidos. Esses artefatos passaram a ser chamados de “pontas de Clóvis”.[2] O povo de Clóvis era considerado o mais antigo habitante do Novo Mundo. Contudo, essa visão tem sido contestada nos últimos trinta anos por várias descobertas que aparentam ser mais antigas.[3]
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Uma típica ponta de Clóvis é média a grande, pontuda e com extremidades afiadas. Os lados são paralelos e convexos e exibem pressão cuidadosa nas extremidades da lâmina. A área mais larga é aquela próxima à base, que é nitidamente côncava e com entalhes, também chamados de “sulcos”, removidos de um ou, mais comumente, ambos os lados da lâmina[4].
Até recentemente, a hipótese padrão era de que a cultura Clóvis correspondia à dos primeiros habitantes da América. Acreditava-se que os primeiros povos tinham cruzado o Estreito de Bering da Sibéria para o Alasca quando o nível do mar entre os continentes baixara, iniciando assim uma caminhada em direção ao sul do continente[5].
A cultura Clóvis foi substituída por diversas sociedades, mais localizadas regionalmente. Culturas pós-Clóvis incluem: a tradição Folsom[6], Gainey[7], Plainview-Goshen [8] e outras.
Depois do descobrimento de diversos sítios arqueológicos Clóvis no leste da América do Norte, durante 1930, o povo Clóvis foi considerado o primeiro grupo de habitantes humanos a criar uma cultura amplamente difundida pela América, sendo os ancestrais da maior parte dos povos indígenas da América[9]. Contudo, diversos descobrimentos arqueológicos desde então têm servido para questionar a hipótese “Clóvis-first”.