Cromatóforo
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Os cromatóforos ou cromatócitos são células tegumentares especializadas, com muitas projeções citoplasmáticas, que lhe conferem aspecto dendrítico e são responsáveis por sintetizar e armazenar pigmentos. São células (ou grupos de células nalguns táxons) que contêm pigmentos no seu interior que reflectem a luz, conferindo-lhes cor. Podem ser encontradas numa ampla variedade de seres vivos como os peixes, anfíbios, répteis, crustáceos e alguns cefalópodes. O termo é também utilizado em bactérias fotossintetizadoras,[1][2][3] diatomáceas[4] e dinoflagelados[5] para se referir vesículas ou plastos na célula com concentrações de pigmentos. Os mamíferos e aves, em vez de cromatóforos, possuem células chamadas melanócitos que lhes conferem cor.
Os cromatóforos são em grande medida responsáveis por gerar a cor da pele e dos olhos em animais ectotérmicos, e originam-se na crista neural durante o desenvolvimento embrionário. Os cromatóforos maduros podem ser divididos em subclasses segundo a cor que reflectem sob luz branca: xantóforos (amarelos), eritróforos (vermelhos), iridóforos (reflectivo/iridescentes), leucóforos (brancos), melanóforos (pretos/castanhos), e cianóforos (azuis).
Algumas espécies podem alterar rapidamente a cor por meio de mecanismos que translocam o pigmento e reorientam placas reflectoras nos cromatóforos. Este processo, muitas vezes utilizado como um mecanismo de camuflagem, recebe o nome mudança de cor fisiológica ou metacrose.[6] Os cefalópodes como o polvo possuem órgãos cromatóforos complexos controlados por músculos para mudar de cor, enquanto que os vertebrados como os camaleões produzem efeitos similares por sinalização celular. Estes sinais podem ser hormonas ou neurotransmissores e podem ser induzidos por mudanças no estado de ânimo, temperatura, stress ou alterações significativas do ambiente local.
Diferentemente dos animais ectotérmicos, os mamíferos e os pássaros apresentam apenas uma classe de células cromatóforas: os melanócitos. O seu equivalente nos animais ectotérmicos, os melanóforos, são estudados atualmente em laboratórios de investigação com o objetivo de contribuir para compreender certas doenças humanas, e são utilizados como ferramenta para a descoberta e desenvolvimento de novos fármacos.