Crioulo de Ano-Bom
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O crioulo de Ano-Bom, também conhecido como anobonense[3] ou língua anobonesa[4] e, pelos seus falantes, como Fa d'Ambô,[4][5][6][7] Fa d'Ambu,[1][7][8] Fá d'Ambô,[5][9][10] Fá d'Êmbô[9] e Fla d'Ambu (literalmente Fala de Ano-Bom, em português) é uma língua crioula de base portuguesa falada na ilha de Ano-Bom, província da Guiné Equatorial.
Crioulo de Ano-Bom Fa d'Ambô | ||
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Outros nomes: | Fa d'Ambu, Fla d'Ambu, Anobonense, Anobonês, Fá d'Ambô, Fá d'Êmbô | |
Falado(a) em: | Guiné Equatorial | |
Região: | Província de Ano-Bom | |
Total de falantes: | 5600-6600[1][2] | |
Família: | Línguas crioulas Crioulos portugueses Crioulos afro-portugueses Crioulos do Golfo da Guiné Crioulo de Ano-Bom | |
Escrita: | Alfabeto Latino | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | fab
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A língua é falada por cerca de 5600[2] a 6600[1] falantes, sendo aproximadamente 6000 nativos da ilha de Ano-Bom e os demais vindos da diáspora da ilha para o território continental da Guiné Equatorial. Ainda que a maior parte dos falantes da língua saibam ler e escrever, por muito tempo a língua não foi escrita, apenas falada. O primeiro relato de sua escrita é de 2008, já com o uso do alfabeto latino numa obra descritiva da gramática.[1][11]
Diferentemente de outras línguas crioulas, que já passaram por processos de descrioulização numa tentativa de forçar uma língua oficial, não há relatos de acontecimentos semelhantes com o Fa d'Ambô, que desde que se tem registro foi respeitado como língua independente. Em Ano-Bom, a maior parte de seus falantes a tem como língua materna e usam no dia-a-dia, e por isso a língua se encontra em situação estável e sem probabilidade de extinção.[7]
O crioulo de Ano-Bom é uma língua crioula por ter surgido a partir do contato forçado entre colonizadores de Portugal e Espanha e os povos escravizados africanos que eram levados para a ilha de Ano-Bom.[12] O estrato da língua é o português, enquanto seu substrato é composto por diversas línguas da família Níger-Congo e o superstrato é composto principalmente das influências do espanhol e do francês, ambas sendo línguas oficiais da Guiné Equatorial e de outras regiões próximas.[13]