Conflito israelo-palestino de 2021
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A Crise Israelo-Palestina de 2021 foi um conflito armado entre israelenses e palestinos que ocorreu entre 6 e 21 de maio de 2021, sendo marcado por protestos e tumultos, controle de distúrbios policiais, ataques de foguetes contra Israel pelo Hamas e Jihad Islâmica Palestina e ataques aéreos retaliatórios israelenses contra a Faixa de Gaza. Israel apelidou sua operação militar de Operação Guardião das Muralhas.
Conflito israelo-palestino de 2021 | |||
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Conflito israelo-palestino | |||
Um blindado M109 Doher israelense disparando contra a Faixa de Gaza. | |||
Data | 6 de maio – 21 de maio de 2021 | ||
Local | Israel e Territórios palestinos | ||
Desfecho | Status quo ante bellum após cessar-fogo | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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~ 72 000 palestinos deslocados de suas casas[21] |
Em maio de 2021, ocorreram confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense sobre uma decisão planejada da Suprema Corte Israelense sobre despejos de palestinos em Sheikh Jarrah, Jerusalém Oriental. Os confrontos, que coincidiram com os feriados de Laylat al-Qadr e o Dia de Jerusalém, resultaram em mais de trezentas pessoas feridas, a maioria delas civis palestinos[15] e mais de vinte palestinos mortos. Os ataques atraíram condenação internacional para ambos os lados e resultaram no adiamento da decisão da Suprema Corte em trinta dias, depois que o procurador-geral de Israel procurou reduzir as tensões.[22] Em 9 de maio, depois que os palestinos no Monte do Templo estocaram placas, pedras e fogos de artifício, as forças policiais israelenses invadiram a Mesquita de Al-Aqsa, um importante local sagrado para os muçulmanos, antes de uma marcha de judeus nacionalistas que foi posteriormente cancelada, realizada no feriado israelense do Dia de Jerusalém.[23][24][25][26]
Durante as duas semanas de conflito, grupos palestinos como o Hamas e Jihad Islâmica dispararam mais de 4 000 foguetes contra Israel a partir de Gaza,[27][28][29][30] dirigidos primeiramente à região central israelense, inclusive Jerusalém e Bete-Semes,[28] e depois contra cidades israelenses fronteiriças, Asquelom e Asdode, e na direção de Telavive, que causaram a morte de pelo menos onze civis israelenses e um militar, além de dezenas de feridos, bem como danos de extensões variadas a residências e escolas em Israel.[29] Desde o início do disparo dos foguetes palestinos, as Forças de Defesa de Israel empreenderam uma campanha de bombardeios localizados contra as bases militares e tubos de lançamento de foguetes palestinos, os quais se situam aterrados dentro da área urbana da Faixa de Gaza, densamente povoada por civis palestinos.[31][32] Mais de 230 palestinos foram mortos, incluindo comandantes de organizações islamitas, operadores de foguetes e civis palestinos, especialmente em Gaza, no decorrer das hostilidades, como resultado dos bombardeios israelenses e de centenas de foguetes palestinos que caíram dentro de Gaza, sem chegar ao espaço aéreo israelense.[32][33][34][35][36] Tanto Israel quanto a organização Defense for Children ("Em Defesa das Crianças", em tradução livre), um grupo palestino de direitos humanos, afirmam que vários dos civis palestinos mortos foram atingidos pelos foguetes do Hamas que caíram dentro de Gaza, e não pelos bombardeios israelenses, embora a Defense for Children afirme também que algumas crianças morreram devido aos bombardeios israelenses.[36]
Em 20 de maio, após onze dias de intensos hostilidades, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo, que entrou em vigor na madrugada do dia seguinte. Naquela altura, quase 300 pessoas já tinham morrido (a maioria palestinos).[37]