Conde de Portalegre
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Conde de Portalegre é um título nobiliárquico de Portugal. Foi criado por decreto real de D. Manuel I de 5 de fevereiro de 1498, em favor de D. Diogo da Silva, filho de Rui Gomes da Silva, alcaide de Campo Maior, e D. Isabel de Meneses, filha bastarda de D. Pedro de Meneses, Conde de Vila Real em 1424.
O título destaca-se por sempre ter tido associado o cargo de mordomo-mor, o mais alto cargo da Corte. Assim, tal como por exemplo os Condes da Vidigueira mais tarde Marqueses de Nisa detinham o cargo honorífico de Almirante da Índia, todos os Condes de Portalegre ocuparam a mordomia-mor de forma hereditária, desde o primeiro conde na corte de D. Manuel I, ao sétimo e último conde na corte de D. Pedro II.
O título de Conde de Portalegre destaca-se ainda por ser um dos muito poucos títulos da alta nobreza portuguesa que sempre esteve na mesma família: os Silvas, de origens anteriores à fundação de Portugal no século XII.
Em 1625, o 6.º Conde de Portalegre foi feito Marquês de Gouveia. O seu filho, o 2.º Marquês de Gouveia, também 7.º Conde de Portalegre e mordomo-mor, casou duas vezes, a primeira com uma filha do 7.º Conde da Feira, e segunda vez com uma irmã do 1.º Conde de Vila Verde; mas morreu em 1686 sem deixar descendência. A Casa foi então herdada pela irmã, casada com D. Martinho Mascarenhas, 4.º Conde de Santa Cruz.
A partir de então, Marquês de Gouveia passou a ser o título principal da Casa, passando o título de conde de Santa Cruz a ser usado pelo presuntivo herdeiro ainda em vida do chefe da Casa.
D. António Caetano de Sousa, nas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal (1755), relata principalmente a genealogia dos Marqueses de Gouveia da sua era, de varonia Mascarenhas.[1] Mas Anselmo Braamcamp Freire, nos Brasões da Sala de Sintra, dedicou o primeiro capítulo do Vol. II — o Cap. XIII da obra — à família Silva, incluindo o ramo dos Condes de Portalegre.[2]