Conatus
Conceito filosófico / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Conatus (latim para esforço; impulso, inclinação, tendência; cometimento) é um termo ou conceito usado na filosofia para se referir a uma inclinação inata de uma coisa para continuar a existir e se aprimorar.[1] Esta "coisa" pode ser a mente, a matéria ou uma combinação de ambos. Durante milênios, muitas definições e tratamentos diferentes têm sido formulados por filósofos. Os filósofos do século XVII René Descartes, Baruch Spinoza, Gottfried Leibniz, e Thomas Hobbes fizeram importantes contribuições.[2] O conatus pode se referir ao instintivo "desejo de viver" de organismos vivos ou às várias teorias de movimento e inércia.[3] Frequentemente, o conceito é associado com a vontade de Deus em uma visão panteísta da Natureza.[2][4] O conceito pode ser dividido em definições distintas para a mente e o corpo quando se discute força centrífuga e inércia.[5]
A história do termo conatus é de uma série de ajustes sutis no significado e esclarecimentos de âmbitos desenvolvidos ao longo do curso de dois milênios e meio. Sucessivos filósofos adotam o termo colocando seu próprio toque pessoal sobre o conceito, cada um desenvolvendo o termo de forma diferente de tal forma que agora não existe uma definição concreta e universalmente aceita.[3] Os primeiros autores a discutir o conatus escreveram inicialmente em latim, baseando sua utilização em conceitos da Grécia Antiga. Estes pensadores, portanto, usaram "conatus" não apenas como um termo técnico mas como uma palavra comum e em um sentido geral. Em textos arcaicos, é difícil de discernir o uso mais técnico do mais comum, e eles também difíceis de se diferenciar em tradução. Atualmente, conatus é raramente usado no sentido técnico, uma vez que a física moderna usa conceitos como inércia e conservação de momento, que a substituíram. O termo foi, no entanto, uma influência notável aos pensadores do século XIX e XX, tais como Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche, e Louis Dumont.