Carlos Lamarca
militar desertor e guerrilheiro brasileiro, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Carlos Lamarca (Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1937 — Pintada, 17 de setembro de 1971)[1] foi um militar desertor e guerrilheiro brasileiro, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar instaurada no país em 1964. Capitão do Exército Brasileiro, desertou em 1969, tornando-se um dos comandantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização da guerrilha armada de extrema-esquerda que combatia o regime.[2]
Carlos Lamarca | |
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Nascimento | 27 de outubro de 1937 Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 17 de setembro de 1971 (33 anos) Pintada, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Cidadania | Brasil |
Progenitores |
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Ocupação | militar, guerrilheiro |
Elevado à condição de ícone revolucionário do socialismo e da esquerda brasileira,[3] foi condenado pelo Superior Tribunal Militar como traidor e desertor e considerado seu principal inimigo.[4] Caçado pelas forças de segurança por todo o país, ele comandou diversos assaltos a bancos, montou um foco guerrilheiro na região do Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo e liderou o grupo que sequestrou o embaixador suíço Giovanni Bucher no Rio de Janeiro, em 1970, em troca da libertação de 70 presos políticos. Perseguido por mais de dois anos pelos militares, foi localizado e morto no interior da Bahia em 17 de setembro de 1971.
Em 2007, trinta e seis anos após sua morte, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, sob supervisão do ministro da Justiça Tarso Genro, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dedicou sua sessão inaugural para promovê-lo a coronel do Exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos.[5] Em 2015, porém, os atos da comissão que determinaram o pagamento de indenização, uma pensão equivalente ao posto de general de brigada para a viúva Maria Lamarca e a promoção ao posto de coronel, foram anulados em decisão de primeira instância, pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.[6]