Carl Schmitt
professor académico alemão / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Carl Schmitt (Plettenberg, 19 de julho de 1888 — 7 de abril de 1985) foi um filósofo, jurista e teórico político alemão. Membro proeminente do Partido Nazista, é considerado um dos mais significativos e controversos especialistas em direito constitucional e internacional do século XX. Para além dos campos do direito, sua obra abrange outros campos de estudo, como ciência política, sociologia, teologia, filosofia política e germânica. Em sua produção literária constam sátiras, relatos de viagens, investigações sobre a história intelectual, além de exegeses de textos clássicos da língua alemã.
Carl Schmitt | |
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Carl Schmitt | |
Nascimento | 12 de julho de 1888 Plettenberg |
Morte | 7 de abril de 1985 (96 anos) Plettenberg |
Sepultamento | Plettenberg |
Cidadania | Alemanha |
Cônjuge | Pavla Dorotić, Duška Schmitt |
Filho(a)(s) | Anima Schmitt de Otero |
Irmão(ã)(s) | Auguste Schmitt |
Alma mater |
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Ocupação | jurista, geopolitólogo, político |
Empregador(a) | Universidade Técnica de Munique, Universidade de Bonn, Universidade de Colônia, Universidade de Greifswald, Universidade Humboldt de Berlim, Handelshochschule Berlin |
Obras destacadas | The Concept of the Political, Land und Meer |
Movimento estético | Movimento Revolucionário Conservador, filosofia ocidental |
Religião | catolicismo |
Influenciado pela teologia católica, o foco de Carl Schmitt girou sobretudo em torno de questões relativas à temas próprios da Teoria do Estado, bem como da materialização dos direitos e seus pressupostos filosóficos e históricos. Ele não integra o direito comum à denominada democracia liberal, chegando a ser chamado de "coveiro do liberalismo" e [de] "Cassandra de Plettenberg do direito público" por um de seus contemporâneos, o jurista alemão Günter Frankenberg.[1] Schmitt também foi denominado de "clássico do pensamento político" por Herfried Münkler.
As mais importantes influências sobre o seu pensamento provieram de filósofos políticos, tais como Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel, Jean-Jacques Rousseau, Juan Donoso Cortés, Georges Sorel, Vilfredo Pareto e Joseph de Maistre. A obra de Schmitt influenciou e continua atraindo atenção de filósofos e cientistas políticos contemporâneos, dentre eles Hannah Arendt, Walter Benjamin, Jacques Derrida, Jürgen Habermas, Giorgio Agamben, Reinhart Koselleck, Friedrich Hayek,[2] Chantal Mouffe, Antonio Negri, Leo Strauss, Adrian Vermeule,[3] e Slavoj Žižek
De acordo com a The Stanford Encyclopedia of Philosophy, "Schmitt foi um observador perspicaz e analista das fraquezas do constitucionalismo liberal e do cosmopolitismo liberal. Mas pode haver pouca dúvida de que sua cura preferida acabou sendo infinitamente pior do que a doença".[4]