Calakmul
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Calakmul (também Kalakmul e outras variantes menos frequentes) é um sítio arqueológico maia situado no estado mexicano de Campeche, nas profundezas das selvas da região da bacia de Petén. Encontra-se a 35 km da fronteira com a Guatemala. Calakmul é uma das maiores e mais poderosas cidades antigas alguma vez descobertas nas terras baixas maias. Calakmul é um nome moderno; na antiguidade o núcleo da cidade era conhecido como Ox Te' Tuun.
Antiga cidade maia de Calakmul, Campeche ★
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Templo de Calakmul | |
Critérios | C (i)(ii)(iii)(iv) |
Referência | 1061 en fr es |
Países | México |
Coordenadas | 18° 07′ 21″ N, 89° 47′ 00″ O |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 2002 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial |
Calakmul foi uma grande potência maia da região do Iucatã no norte da região de Petén. Calakmul administrava um grande domínio marcado pela ampla distribuição do seu glifo-emblema com o sinal da cabeça de serpente,[1] lido "Kaan".[2] Calakmul era a sede do chamado Reino da Serpente.[3] Este Reino da Serpente manteve-se durante a maior parte do Período Clássico. Estima-se que Calakmul propriamente dita tivesse uma população de 50 000 pessoas e detinha o governo de locais até 150 km de distância.[4] Existem 6 750 estruturas antigas identificadas em Calakmul, sendo a maior delas a grande pirâmide. A Estrutura 2 tem mais de 45 m de altura, o que faz dela uma das mais altas pirâmides maias. No interior da pirâmide foram encontrados quatro túmulos. Como muitos outros templos ou pirâmides da Mesoamérica a pirâmide de Calakmul viu o seu tamanho aumentar por meio de fases de construção sucessivas sobre templos anteriores até atingir o seu tamanho actual. A área central com arquitectura monumental cobre uma área de aproximadamente 2 km² e na sua totalidade o sítio, consistindo sobretudo de uma rede densa de estruturas residenciais, abrange cerca de 20 km².
Durante o Período Clássico, Calakmul manteve uma intensa rivalidade com a grande cidade de Tikal situada mais a sul, e as manobras políticas destas duas cidades têm sido comparadas a uma luta entre duas super-potências maias.
Redescoberta desde o ar pelo biólogo Cyrus L. Lundell da Mexican Exploitation Chicle Company em 29 de dezembro de 1931, o achado foi relatado a Sylvanus G. Morley do Carnegie Institute em Chichén Itzá em março de 1932. Segundo Lundell, que batizou o sítio, "Na língua maia, 'ca' significa 'dois', 'lak' significa 'adjacente', e 'mul' refere-se a qualquer monte artificial ou pirâmide, portanto 'Calakmul' é a 'Cidade das Duas Pirâmides Adjacentes'."