Brasil Paralelo
empresa brasileira / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Brasil Paralelo Entretenimento e Educação S/A,[4] mais conhecida por seu nome fantasia Brasil Paralelo, é uma empresa[5][6] brasileira fundada em 2016, em Porto Alegre, que produz vídeos sobre política e história, baseando-se e utilizando um viés de extrema-direita[7] e conservador.[8][9]
Brasil Paralelo | |
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Logo da Brasil Paralelo | |
Fundadores e equipe da Brasil Paralelo | |
Razão social | Brasil Paralelo Entretenimento e Educação S/A |
Sociedade anônima | |
Atividade | Produtora audiovisual, cursos, mercadologia digital, promoção de vendas[1] |
Fundação | 9 de agosto de 2016 (7 anos)[1] |
Fundador(es) | Filipe Valerim, Henrique Viana e Lucas Ferrugem |
Sede | São Paulo, SP |
Proprietário(s) | Lucas Ferrugem, Henrique Viana, Filipe Valerim |
Empregados | 100[2] |
Faturamento | R$30 milhões(2020)[3] |
Website oficial | brasilparalelo |
Surgiu no contexto da onda conservadora no Brasil na década de 2010.[10] A produtora se coloca como uma "conexão com uma realidade paralela"[4] e visa produzir conteúdos que divergem das visões predominantes entre intelectuais e jornalistas brasileiros[4][10]. Segundo a produtora, estas visões são majoritariamente influenciadas pela esquerda.[11][12][13][14] Suas produções apresentam conteúdos que defendem valores da direita política, do cristianismo e de teorias conspiratórias.[15][16][17][18][14][19][11]
Jornalistas e historiadores definiram a empresa como próxima ao governo Bolsonaro,[20][21] e suas produções foram classificadas como tendo um viés político ligado à extrema-direita conservadora,[22] bem como alinhadas às ideias de personalidades brasileiras de tal espectro,[23] como Olavo de Carvalho,[24][25] Jair Bolsonaro[26][27] e Ernesto Araújo.[28] A empresa enfrenta críticas por distorcer fatos,[29][30][31][32] relacionadas à história do Brasil e de Portugal.[18][33][14]
Em 9 de dezembro de 2019, a série Brasil: A Última Cruzada passou a ser exibida na TV Escola, canal de televisão estatal brasileiro vinculado ao Ministério da Educação.[19][34] Esta exibição gerou controvérsia, sendo repudiada pela regional São Paulo da Associação Nacional de História. A associação descreveu o material como "propaganda ideológica de um grupo extremista", alegando que continha "versões mentirosas e negacionistas da história".[35] Por sua vez, a produtora afirma que seus conteúdos são despidos de qualquer ideologia política e rechaça as críticas de acadêmicos e jornalistas, e as citadas no verbete sobre a empresa na Wikipédia,[4] e já fez ameaças judiciais a acadêmicos que publicaram avaliações negativas sobre a empresa.[36]
Em abril de 2021, segundo levantamento da agência Aos Fatos, Brasil Paralelo era o segundo maior canal bolsonarista no Telegram, com oitenta mil inscritos, perdendo apenas para o perfil de Allan dos Santos, do Terça Livre.[37] Conforme ranking do Facebook, a Brasil Paralelo é a empresa brasileira que mais investe em propaganda política naquela plataforma.[2][38]