Bartolomeu Bueno da Silva
bandeirante brasileiro do século XVII / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como segundo Anhanguera (transliteração para diabo velho), (Parnahyba, 1672 — Vila Boa de Goiás, 19 de setembro de 1740) foi um bandeirante paulista.[1] Com 12 anos, passou a acompanhar o pai, também chamado Bartolomeu Bueno da Silva nas expedições no interior da Capitania de São Vicente, correspondende ao atual território de Goiás, mas, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, estabeleceu-se em Sabará e, mais tarde, em São João do Paraíso e Pitangui, onde foi nomeado assistente do distrito.
Bartolomeu Bueno da Silva | |
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Estátua de Bartolomeu no Parque Trianon, em São Paulo | |
Outros nomes | Anhanguera, o Moço Segundo Anhanguera Diabo velho |
Nascimento | 1672 Parnahyba, Capitania de São Vicente |
Morte | 1740 (68 anos) Vila Boa de Goiás, Capitania de São Vicente |
Progenitores | Mãe: Izabel Cardoso Pai: Bartolomeu Bueno |
Cônjuge | Joana de Gusmão Moreira (1694–?) |
Filho(a)(s) | Leonor Bueno da Silva Amadeu Bueno Baltazar de Godoy Bueno e Gusmão Joana de Gusmão Bartolomeu Bueno da Silva Escolástica Bueno de Gusmão Isabel Bueno da Silva Josefa Ribeiro de Gusmão Rosa Bueno de Gusmão Francisco Bueno da Silva |
Religião | Católica |
Em 1720, volta a Santana de Parnaíba e redige uma apresentação a D. João V de Portugal pedindo licença para retornar a Goiás, onde seu pai encontrara ouro. Em troca, pedia o direito de cobrar taxas sobre as passagens de rios no caminho para as minas goianas. A oferta é aceita e, então, a expedição é organizada. Em 1722, parte de São Paulo com a intenção de percorrer novamente os sertões que visitara quarenta anos antes com o pai. Durante quase três anos, e com muitas dificuldades, explorou os sertões goianos em busca da lendária Serra dos Martírios.[2] Finalmente, com mais de 50 anos, encontrou ouro no rio Vermelho.
Foi nomeado capitão-mor das minas por D. João V em 1726 e, mais tarde, coronel das ordenanças e capitão-mor de Vila Boa[3]; fundou o Arraial de Santana, que torna-se Vila Boa de Goiás em 1736 (embora algumas fontes apontem a transformação para o ano de 1739[4][5], justificando que o ano de 1736 corresponda apenas ao ano de emissão da ordem-régia), atualmente cidade de Goiás, mais conhecida como Goiás Velho.
Cora Coralina descreve a chegada do segundo Anhanguera:
"Mesmo na frente da casa velha, do lado de lá do rio, há mais de duzentos anos, caminhando para trezentos, tomou chegada a Bandeira dos “Polistas”. Porto da Lapa foi chamado o lugar onde desembarcou no dia 26 de julho de 1728 a gente do Anhanguera. Desembarcou e logo trataram todos de levantar a igreja da Lapa em honra e glória da Nossa Senhora dos Caminheiros que, depois de passadas e erradas sem conta pelo grosso do sertão, os trazia, afinal, no roteiro certo da tribo Goiá.”[6]