Baião (música)
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Baião é um gênero de música e dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.[1] O baião utiliza muito os seguintes instrumentos musicais: viola caipira, triângulo, flauta doce e acordeão (também chamado de sanfona). A rabeca é apontada como o instrumento característico do Baião, dada a sonoridade lembrar a da sanfona que por sua vez seria a mais identificada quando o ritmo se tornou conhecido nacional e internacionalmente.[2] Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos sertanejos e das dificuldades da vida dos tais, como na canção "Asa Branca" que fala do sofrimento do sertanejo em função da seca nordestina.
Baião | |
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Origens estilísticas | Música caipira, moda de viola, lundu, chula |
Contexto cultural | séculos XIX e XX, nordeste do Brasil |
Instrumentos típicos | acordeão ("sanfona"), triângulo, viola caipira, flauta doce, zabumba |
Popularidade | Nordeste do Brasil, Brasil entre as décadas de 1940 e 1960. |
Formas derivadas | Forró – Xote |
Foi na segunda metade da década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”), abrindo caminho para outros artistas que ficariam muito conhecidos como Sivuca e Carmélia Alves.
O baião ainda influenciaria o trabalho de muitos artistas contemporâneos, tendo renascido o interesse pelo gênero ainda na década de 1970 com o advento da "Tropicália" e como influência marcante nos trabalhos de músicos nordestinos desde então.