Assuristão
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Assuristão, Assurestão, Assoristão, Assorestão (em persa médio: 𐭠𐭮𐭥𐭥𐭮𐭲𐭭; romaniz.:Asōrestān, Āsūrestān) ou ainda Bete Aramaia (Bēṯ Āramayē, lit. "Terra dos Arameus") e Balade Nabate (Balad al-Nabaṭ) na Crônica de Sirte era a província do Império Sassânida na Babilônia entre os montes Hanrim e a Mesena.[1] É conhecida da inscrição Feitos do Divino Sapor do xá Sapor I (r. 240–270) na forma grega Assyrian; na inscrição de Paiculi de Narses I (r. 293–302); na Criação Original; como empréstimo do armênio; na Épica dos Reis de Ferdusi na forma tardia Surestão (Sūrestān); e em transcrições chinesas. O adjetivo pálavi āsōrīg significa "babilônio". O siríaco Āṯōr significa "Assíria" e é dele que surge a confusão do Assuristão e a Assíria, como notado, por exemplo, em Amiano Marcelino e que se mantém entre estudiosos modernos. Era a província mais rica do Império Sassânida e foi chamada de del-e Ērānšahr ("coração do Império do Irã").[2]
Um marzobã (marquês) foi atestado na província sob Sapor II (r. 309–379), Isdigerdes I (r. 399–421), Perozes I (r. 459–484), em 485, 496 e antes de 525 (estacionado em Radã). Um mopates é atestado sob Cosroes I (r. 531–579) quando Mar Aba era o católico nestoriano (540–552). A província desapareceu na reforma administrativa de Cosroes, mas Elias de Nísibis citou Ziade (664) e Alhajaje (694) como governadores de Bete Aramaia em siríaco para o Iraque em sua obra árabe. Eclesiasticamente a província de Bete Aramaia era subordinada à sé patriarcal em Selêucia como atestado em 486, 544, ca. 612, meados do século VIII, ca. 900 e no século XII e incluía os bispados de Uacite (Cascar), Bete Daraia, Zauabi, Hira e Ambar (Perisapora).[1]