Arte hispano-muçulmana
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A arte hispano-muçulmana ou arte mourisca é a arte islâmica desenvolvida no Alandalus entre os séculos VIII e XV. Tem como principais expoentes a Mesquita de Córdova e a Alhambra de Granada. Outra expressão notável da arte hispano-muçulmana é o Palácio da Aljafería de Saragoça.
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A invasão muçulmana da península Ibérica em 711 pelos Árabes mudou a inércia histórica da sociedade goda nas terras ibéricas, que discorria em consonância com o Ocidente europeu após a queda do Império Romano. Alandalus, que assim passou a ser denominada a Hispânia muçulmana, manteve condições culturais peculiares diferenciadas tanto do Islão oriental quanto do contexto europeu dessa data. Essas condições perduraram até a conquista do Reino de Granada em 1492, aos nacéridas. Mas, ao mesmo tempo, esta singularidade geográfica e cultural constituiu um dos fatores que repercutiram decisivamente no despertar da Europa, após os séculos de desunião e letargo que se seguiram à queda do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras.
A invasão muçulmana e o desaparecimento do reino visigodo de Toledo não implicaram na extinção das comunidades cristãs e judaica. Uns fugiram para norte, onde formaram um reduto de oposição ao novo poder instituído em Córdova e, com o tempo, constituiriam o gérmen da posteriormente chamada Reconquista; outros, os cristãos que permaneceram em território muçulmano, passaram a ser conhecidos com o apelativo de moçárabes. Tanto esta minoria quanto a judaica gozaram da proteção estatal, formando comunidades numerosas em grandes cidades como Mérida, Toledo, Valência, Córdova, Sevilha, Granada, Almeria, Málaga, etc. As circunstâncias mudantes ao longo dos mais de oito séculos de Islão hispânico fizeram que o processo artístico desenvolvido durante estas centúrias fosse sistematizado de acordo com os períodos históricos. De forma que se converteu em habitual a divisão em: