Aquisição da linguagem
aquisição natural e gradual de habilidades linguísticas, incluindo vocabulário, gramática e fonologia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua língua materna. A respeito desse processo, há boas razões para afirmar que a aquisição da primeira língua é a maior façanha, de um processo individual, que podemos realizar durante toda a vida. Explicar esse processo é hoje considerado uma das tarefas centrais da Linguística e também da Fonoaudiologia. Muitos estudos nestas áreas se associam a Psicolinguística. A maior base de dados nesta área é o Child Language Data Exchange System.[1]
A linguagem é o meio de adequação do indivíduo à sociedade. Linguagem como meio tradicional de comunicação é o instrumento de transmissão de ideias, bem como da ocultação dessas, da alienação e da segregação. A linguagem é o item que se une ao convívio social como construtor das práticas sociais condicionadas e da identidade psicológica do homem. Um indivíduo que fica isolado da sociedade e aprende a linguagem tardiamente, tem uma percepção mais aguçada da realidade, suas ideias não se limitam a símbolos ou abstrações, como palavras ou ideias que distorcem os conceitos. Suas "portas da percepção" estarão abertas, pois seu conhecimento de mundo está livre de "pré-conceitos", ou seja, ideias perpetuadas pela sociedade, ditas como verdadeiras, mas que se analisadas sem "pré-ideias" são apenas práticas sociais condicionadas que não se utilizam de lógica, a imposição de regras(normas) para a regulação da práxis.
A aquisição da linguagem é o processo pelo qual os seres humanos adquirem a capacidade de entender, produzir e usar a linguagem para se comunicar. É uma habilidade fundamental para a interação social e o desenvolvimento cognitivo. A fonoaudiologia, por sua vez, é a área da saúde que se dedica ao estudo e tratamento dos distúrbios da comunicação humana, incluindo a linguagem.[2]
A aquisição da linguagem é um processo complexo que começa nos primeiros meses de vida e continua ao longo da infância. Durante esse período, as crianças passam por diferentes estágios de desenvolvimento linguístico, adquirindo gradualmente o vocabulário, a gramática e as habilidades de comunicação necessárias para interagir com os outros.[3]
Existem várias teorias que tentam explicar como a aquisição da linguagem ocorre. Uma das teorias mais conhecidas é a teoria do aprendizado social, proposta por B.F. Skinner, que argumenta que a linguagem é adquirida por meio de reforço e imitação. Por outro lado, a teoria da inatismo, defendida por Noam Chomsky, sugere que a capacidade de adquirir a linguagem é inata e que as crianças têm uma predisposição biológica para aprender a linguagem.[4]
A linguagem é uma habilidade inerente à espécie humana, assim como a capacidade de voar é inata aos pássaros. Ele defende a visão de que a linguagem é resultado da evolução biológica e que os seres humanos têm uma predisposição genética para adquiri-la. Este autor aborda uma variedade de tópicos relacionados à aquisição da linguagem. Ele explora como as crianças desenvolvem habilidades linguísticas, desde os primeiros estágios da comunicação até a aquisição de vocabulário e gramática mais complexa. [5]
Para Vygotiski a interação social e a exposição à linguagem desempenham um papel crucial na aquisição da linguagem. As crianças aprendem a linguagem por meio da interação com seus cuidadores e outros falantes ao seu redor. A linguagem é aprendida de forma gradual e progressiva, passando por estágios como o balbucio, a produção de palavras isoladas, as combinações de palavras e, finalmente, a construção de frases complexas, pensamento e linguagem são independentes nos dois primeiros anos de vida e a partir desse momento passam a estabelecer uma relação de interdependência, a linguagem passa a contribuir para a estruturação do pensamento.[4]
Teoricamente, por volta de três anos, uma criança já deveria ser capaz de utilizar um vocabulário que possibilitasse sua comunicação efetiva socialmente, fazendo-se compreender por todas as pessoas, inclusive por aquelas que não fazem parte de seu universo familiar.