Anomalocardia flexuosa
espécie de molusco / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Anomalocardia flexuosa (durante o século XX, e até o início do século XXI, cientificamente denominada Anomalocardia brasiliana;[4][5][6][7][8][9][10] nomeada, em inglês, West Indian pointed Venus;[4][11] em português, no Brasil, cernambi[2] – Segundo o Dicionário Aurélio, nome dado especialmente para esta espécie;[1] ainda citando Amarilladesma mactroides[12] e Erodona mactroides,[13] sob tal nome,[1] com o Dicionário Houaiss mudando sua grafia para sernambi (ou sarnambi) e acrescentando, também, Tivela mactroides,[14] Eucallista purpurata,[15] Phacoides pectinatus[16][17] e Donax hanleyanus[18][19] – , cernambitinga,[1] sernambitinga[16] ou sarnambitinga,[20] berbigão[5][6][7][9][10][20][21] – Sobre o qual Rodolpho von Ihering afirma que, "em Portugal dão este nome à concha que aqui mencionamos sob mija-mija" (Dallocardia muricata);[8] que é da mesma família[22] e diferente espécie (Cerastoderma edule)[20] e que, segundo Eurico Santos, "propagou-se e por confusão estendeu-se a outros",[7] como a Tivela mactroides[14][23] – , bergão, burdigão,[20] papa-fumo,[1][5][6][20] bebe-fumo,[20] sarro-de-pito,[5] sarro-de-peito – Provavelmente um erro da grafia anterior[5][8] – , fumo-de-rolo, fuminho, chumbinho, conchinha, maçunim, marisco-pedra, marisquinho, pimentinha, samanguaiá, samanguiá, samongoiá, simanguaiá, simongoiá, simongóia, sapinhoá,[20] pedrinha, vôngoli, ou vôngole; um italianismo;[5][20] ou ainda liliu – em algumas localidades do litoral nordestino do Brasil) é uma espécie de molusco Bivalvia, marinha e litorânea, da família Veneridae e gênero Anomalocardia, considerada a sua espécie-tipo;[24] classificada por Carolus Linnaeus e denominada Venus flexuosa, em 1767, na sua obra Systema Naturae.[3] Habita as costas do oeste do Atlântico, do golfo do México e mar do Caribe até a região sul do Brasil e o Uruguai;[6][25][26] com indício de sua presença em Madagáscar, na África Oriental;[25] enterrando-se, geralmente em pequena profundidade, de 1.5 até 5 metros, no substrato arenoso-lodoso de águas rasas e próximas da zona entremarés das praias bem abrigadas, incluindo principalmente os ambientes de água salobra, próximos a estuários, como os mangues.[4][5][6][8][10][11][20][27] É usada para a alimentação humana,[1][6][9][20][28] para a produção de cal e na pavimentação de estradas, no Brasil,[6][9] sendo explorada comercialmente;[5] podendo ser encontrada em sambaquis, do Espírito Santo até Santa Catarina.[9] É uma espécie comum,[4] em 2018 sendo colocada no Livro Vermelho do ICMBio; considerada uma espécie pouco preocupante (LC), com a conclusão desta avaliação feita em 2012.[23]
Sernambi[1][2] Anomalocardia flexuosa | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Uma valva da concha de A. flexuosa, uma espécie com variação coloração que pode incluir indivíduos sem ornamentação de desenhos ou manchas; coletada na praia de Atalaia Velha, Sergipe, região nordeste do Brasil, sem o animal. | |||||||||||||||||||
Vista de um indivíduo completo da espécie A. flexuosa, mostrando a ornamentação rajada de linhas curtas e densas, em zigue-zague, e o relevo lateral de sua concha; fotografado em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, região sudeste do Brasil. | |||||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767)[3] | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Venus flexuosa Linnaeus, 1767 Cryptogramma flexuosa (Linnaeus, 1767) Venus brasiliana Gmelin, 1791 Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) Anomalocardia rugosa Schumacher, 1817 Cytherea flexuosa Lamarck, 1818 Cytherea lunularis Lamarck, 1818 Venus punctifera G. B. Sowerby II, 1853 (WoRMS)[3] |