Alexander Litvinenko
desertor russo naturalizado britânico assassinado em Londres provavelmente pelo governo russo (1962-2006) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Alexander Valterovich Litvinenko (em russo: Алекса́ндр Ва́льтерович Литвине́нко; Voronej, 30 de agosto[1][2] ou 4 de dezembro[3] de 1962 – Londres, 23 de novembro de 2006) foi um oficial russo naturalizado britânico do Serviço Federal de Segurança (SFS, sucessor do KGB) que se especializou no combate ao crime organizado.[4] De acordo com diplomatas dos Estados Unidos, Litvinenko cunhou a expressão "Estado mafioso".[5] Em novembro de 1998, Litvinenko e vários outros oficiais do SFS acusaram publicamente seus superiores de ordenar o assassinato do magnata e oligarca russo Boris Berezovsky. Litvinenko foi preso no mês de março seguinte, acusado de exceder a autoridade de sua posição. Ele foi absolvido em novembro de 1999, mas foi preso novamente antes que as acusações fossem novamente julgadas em 2000. Ele fugiu com sua família para Londres e recebeu asilo político no Reino Unido, onde trabalhou como jornalista, escritor e consultor dos serviços de inteligência britânicos.
Alexander Litvinenko Алекса́ндр Литвине́нко | |
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Litvinenko em 2002 | |
Nome completo | Alexander Valterovich Litvinenko (em russo, Алекса́ндр Ва́льтерович Литвине́нко) |
Nascimento | 30 de agosto ou 4 de dezembro de 1962 Voronej, União Soviética (atualmente, Rússia) |
Morte | 23 de novembro de 2006 (43–44 anos) Londres, Reino Unido |
Causa da morte | Envenenamento por radiação |
Nacionalidade | russo (até 2006) britânico (2006 até sua morte) |
Filho(a)(s) | 1[1] |
Serviço militar | |
Serviço | KGB, FSB |
Durante seu tempo em Londres, Litvinenko escreveu dois livros, Blowing Up Russia: Terror from Within e Lubyanka Criminal Group, em que acusou os serviços secretos russos de encenar os atentados a bomba contra apartamentos russos e outros atos terroristas, como as crises de reféns da escola de Beslan e do teatro de Dubrovka, em um esforço para levar Vladimir Putin ao poder. Ele também acusou Putin de ordenar o assassinato, em outubro de 2006, da jornalista russa Anna Politkovskaya.
Em 1 de novembro de 2006, Litvinenko adoeceu repentinamente e foi hospitalizado no que foi estabelecido como um caso de envenenamento por polônio-210 radioativo; ele morreu em 23 de novembro e se tornou a primeira vítima conhecida da síndrome aguda da radiação induzida por polônio-210.[6] Os eventos que levaram a isso são motivo de controvérsia, gerando inúmeras teorias relacionadas a seu envenenamento e morte. Uma investigação britânica sobre assassinato apontou Andrey Lugovoy, ex-membro do Serviço Federal de Proteção da Rússia, como principal suspeito. O Reino Unido exigiu a extradição de Lugovoy, o que é contrário à Constituição da Rússia, que proíbe[7] a extradição de seus cidadãos, o que levou ao desgaste das relações entre a Rússia e o Reino Unido.
Após a morte de Litvinenko, sua esposa Marina Litvinenko, auxiliada pelo biólogo Alexander Goldfarb, iniciou uma vigorosa campanha pela verdade. Em outubro de 2011, ela ganhou o direito de que um inquérito sobre a morte do marido fosse conduzido por um médico legista em Londres; o inquérito foi repetidamente adiado por questões relacionadas a evidências examináveis. Um inquérito público começou em 27 de janeiro de 2015[8] e concluiu em janeiro de 2016 que o assassinato de Litvinenko foi uma operação do SFS que provavelmente foi pessoalmente aprovada por Vladimir Putin e Nikolai Patrushev, que na época era diretor do SFS.[9][10]