Abuso sexual de menores na Igreja Católica
Série de casos envolvendo abuso de menores por membros da igreja católica / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica refere-se aos actos de abuso sexual de crianças por clérigos - padres, freiras e membros de ordens religiosas (cerca de 2% a 4% dos clérigos nos EUA foram acusados)[1] [ligação inativa] [2] da Igreja Católica. Foram feitas denúncias de abuso sexual de menores em muitas outras partes do mundo, com os casos mais notórios a chegarem às primeiras páginas no Brasil,[3][4] Portugal[5], Alemanha[6], Austrália,[7] Espanha,[8] Bélgica,[9] França,[10] Reino Unido,[11] Irlanda,[12] Canadá[13] e Estados Unidos da América.[14][15]
Nos séculos XX e XXI, os casos envolveram muitas alegações, investigações, julgamentos, condenações e revelações sobre décadas de tentativas por parte de funcionários da Igreja de encobrir incidentes relatados. [16]Os abusos incluem sobretudo rapazes, mas também meninas, algumas com apenas três anos de idade, com a maioria entre os 11 e os 14 anos.[17][18][19] Os casos criminais, na sua maioria, não cobrem o assédio sexual de adultos. As acusações de abuso e encobrimento começaram a receber atenção pública durante o final da década de 1980. Foram também instaurados processos contra membros da hierarquia católica que encobriram acusaçoes de abuso sexual e transferiram padres abusivos para outras paróquias, onde os abusos continuaram.[20] Os casos de acobertamento de pedófilos não são monopólio da Igreja Católica no meio cristão.[21] Na Suíça, na mesma época, a presidente Doris Leuthard defendeu a criação de um "cadastro de padres pedófilos", como medida cautelar e, nos EUA, o jornal The New York Times acusava o Papa Bento XVI de ter diretamente se omitido nos casos de pedofilia ocorridos naquele país e na Alemanha, na década de 1980.[22]
Em 2013, já no papado de Francisco, o Vaticano criou uma comissão especial para proteger os menores vítimas de abusos sexuais e combater os casos de pedofilia no clero.[23]
Em Junho de 2021, uma equipa de special rapporteurs das Nações Unidas para o Gabinete do Alto Comissário para os Direitos Humanos criticou o Vaticano referindo-se a alegações persistentes de que a Igreja Católica tinha obstruído e não tinha cooperado com os processos judiciais internos, a fim de impedir a responsabilização dos abusadores e a indemnização das vítimas.[24]