Xadrez na Índia
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O Xadrez na Índia refere-se à contribuição da Índia na história do xadrez que remonta ao século VI, durante o Império Gupta. O país é considerado pela maioria dos historiadores como o berço do chaturanga, a variante reconhecidamente mais antiga do xadrez moderno. Antes do século VI, não existem evidências suficientes para comprovar o emprego da palavra chaturanga no sentido do jogo, pois a palavra também significa a composição do exército indiano da época com bigas, elefantes, cavalos e a infantaria. Menções explícitas descrevendo o jogo na Índia surgiram somente no século IX, porém o poema persa Épica dos Reis relata a chegada do Chatrangue à Pérsia vindo de um reino a oeste, o qual considera-se ser no noroeste da Índia.
Não existem evidências arqueológicas na Índia anteriores ao século IX, sendo impossível datar com precisão quando o jogo surgiu no subcontinente indiano. Entretanto, os relatos persas datados de períodos anteriores e a proximidade de achados arqueológicos no Irã e Uzbequistão mantém a Índia como uma forte candidata a ser o país de origem do xadrez e os arqueólogos indianos ainda esperam encontrar provas que validem esta teoria.
Na Índia, o chaturanga foi inicialmente jogado sobre o tabuleiro do Ashtāpada, um outro jogo indiano do qual se desconhecem as regras. Apesar das regras do chaturanga não terem sido descritas por completo, considera-se que tenham sido muito próximas à do Chatrangue persa e de outras variantes do xadrez que se desenvolveram no país. O chaturanga contém todos os elementos considerados para ser eleito um antecessor do xadrez moderno que são: o destino do jogo definido pela captura de uma peça, o Rei, a disputa sobre um tabuleiro quadrado normalmente com 64 divisões, o arranjo das peças na posição inicial onde o monarca fica localizado ao centro e as outras peças simetricamente dispostas ao lado e com uma fileira de peões à frente.