Moreira Franco
político brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Wellington Moreira Franco (Teresina, 19 de outubro de 1944) é um político brasileiro, filiado ao MDB. Foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e, posteriormente, ministro de Minas e Energia no governo Michel Temer. Após ter sua nomeação suspensa três vezes, por liminar da Justiça Federal do Distrito Federal,[3] pela Justiça Federal do Rio de Janeiro[4] e pela Justiça Federal do Amapá,[5] teve sua nomeação aprovada com a exigência da não elegibilidade ao foro privilegiado.[6] Isto tudo se deve à possível participação de Moreira Franco em esquemas de corrupção delatados por Cláudio Melo Filho na Lava-Jato.[7]
Moreira Franco | |
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Moreira Franco | |
29° Ministro de Minas e Energia do Brasil | |
Período | 6 de abril de 2018 até 31 de dezembro de 2018 |
Presidente | Michel Temer |
Antecessor(a) | Fernando Coelho Filho |
Sucessor(a) | Bento Costa Lima Leite |
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil | |
Período | 3 de fevereiro de 2017 até 6 de abril de 2018 |
Presidente | Michel Temer |
Antecessor(a) | Miguel Rossetto |
Sucessor(a) | Ronaldo Fonseca |
Secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do Brasil | |
Período | 12 de maio de 2016 até 3 de fevereiro de 2017 |
Presidente | Michel Temer |
Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil do Brasil | |
Período | 16 de março de 2013 até 31 de dezembro de 2014 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Wagner Bittencourt |
Sucessor(a) | Eliseu Padilha |
Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil | |
Período | 1 de janeiro de 2011 até 15 de março de 2013 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Samuel Pinheiro Guimarães Neto |
Sucessor(a) | Marcelo Neri (interino) |
Governador do Rio de Janeiro | |
Período | 15 de março de 1987 até 15 de março de 1991 |
Antecessor(a) | Leonel Brizola |
Sucessor(a) | Leonel Brizola |
Deputado federal do Rio de Janeiro | |
Período | 1 de fevereiro de 1975 até 31 de janeiro de 1977 1 de fevereiro de 1995 até 31 de janeiro de 1999 1 de fevereiro de 2003 até 31 de janeiro de 2007 |
Prefeito de Niterói | |
Período | 31 de janeiro de 1977 até 15 de abril de 1982 |
Dados pessoais | |
Alcunha(s) | Gato Angorá |
Nascimento | 19 de outubro de 1944 (79 anos) Teresina, PI, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
Esposa | Celina Vargas do Amaral Peixoto (1969-1989) [1] Clara Maria Vasconcelos Torres Moreira Franco (1995-atualmente) [2] |
Partido | MDB (1972-1979) PDS (1979-1985) MDB (1985-presente) |
Ingressou na política brasileira durante o regime militar no MDB; em 1979, mudou-se para a ARENA, partido que apoiava a ditadura. Com o fim da ditadura e a chegada do PMDB ao poder, mudou de lado e passou ao PMDB, onde está até hoje. Foi membro dos Diretórios Estadual e Nacional do partido, bem como integrante da Comissão Executiva Nacional. Sua vida pública teve início em 1974, quando foi eleito Deputado Federal pelo MDB-RJ. Elegeu-se ainda prefeito de Niterói e, logo depois, governador do Estado do Rio de Janeiro. Retornando ao Congresso Nacional em 1994, exerceu por duas legislaturas o mandato de Deputado Federal. Além disso, foi vice-presidente da Caixa Econômica. No governo Fernando Henrique Cardoso, atuou como assessor especial no Palácio do Planalto.
Foi nomeado, no início da gestão Dilma-Temer, para a hoje extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos[8] e, posteriormente, a pedido do então vice-presidente, nomeado ministro da Aviação Civil.[9] Considerado um dos melhores amigos de Michel Temer, sua demissão, por Dilma, no último dia do primeiro mandato da petista foi um dos motivos de insatisfação apontados pelo próprio Temer, em carta enviada à presidente, para o rompimento do vice e do PMDB com a petista.[10][11][12] Após a destituição de Dilma, foi nomeado por Temer responsável pelo setor de privatizações e parcerias do governo com os interesses privados, assumindo a Secretaria Executiva do Programa de Parceria de Investimentos.[13] Responsável pelos leilões de aeroportos para consórcios privados, Moreira Franco é investigado na Operação Lava Jato, entre outros motivos, por mensagens trocadas com o então presidente da empreiteira Andrade Gutierrez à época das privatizações.[14][15] No dia 21 de Março de 2019, foi preso preventivamente pela Operação Lava Jato.[16][17]
Desde a década de 1990, Moreira Franco é conhecido no meio político pelo apelido de "gato angorá" - pela cabeleira branca e por seu perfil adesionista ("a característica do gato angorá é passar de colo em colo").[18] Teve seu nome citado também nas delações da Odebrecht, em dezembro de 2016, quando se revelou que o codinome de Moreira Franco nas listas de repasses de dinheiro eram "gato"[19] e "angorá".[20] Na década de 1980, era conhecido como "o genro do genro", uma vez que era casado com a neta de Getúlio Vargas.[21]