Parede de som
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Parede de Som[1] (também chamado de Som Spector)[2][3] é uma fórmula de produção musical desenvolvida pelo produtor musical americano Phil Spector no Gold Star Studios, na década de 1960, com assistência do engenheiro Larry Levine e do conglomerado de músicos de estúdio mais tarde conhecida como "The Wrecking Crew". A intenção era explorar as possibilidades da gravação em estúdio para criar uma estética orquestral invulgarmente densa que se transmitisse bem através das rádios e jukeboxes da época. Spector explicou em 1964: “Eu estava procurando um som, um som tão forte que se o material não fosse o melhor, o som carregaria o disco."[4]
Um equívoco popular sustenta que a Parede de Som foi criada simplesmente através de um máximo de ruído e distorção, mas o método era na verdade mais matizado.[5][4] Para atingir a Parede do Som, os arranjos de Spector exigiam grandes conjuntos (incluindo alguns instrumentos geralmente não usados para tocar em conjunto, como guitarras elétricas e acústicas), com vários instrumentos dobrando ou triplicando muitas das partes para criar um tom mais completo e rico.[6] Por exemplo, Spector frequentemente duplicava uma parte tocada por um piano acústico com um elétrico e um cravo.[7] Bem misturados, os três instrumentos seriam indistinguíveis para o ouvinte.[7][8]
Entre outras características do som, Spector incorporou uma série de instrumentos orquestrais (cordas, sopros, metais e percussão) não associados anteriormente à música pop voltada para os jovens. A reverberação de uma câmara de eco também foi destacada para textura adicional. Ele caracterizou seus métodos como "uma abordagem wagneriana do rock & roll: pequenas sinfonias para crianças".[9] A combinação de grandes conjuntos com efeitos de reverberação também aumentou a potência de áudio média de uma forma que se assemelha à compressão. Em 1979, o uso da compressão tornou-se comum no rádio, marcando a tendência que levou à guerra do volume na década de 1980.[10]
Os meandros da técnica eram inéditos no campo da produção sonora para música popular.[4] De acordo com o líder dos Beach Boys, Brian Wilson, que usou a fórmula extensivamente: "Nos anos 40 e 50, os arranjos eram considerados 'OK aqui, ouça aquela trompa francesa' ou 'ouça esta seção de cordas agora'". Era tudo um som definido. Não havia combinações de sons e, com o advento de Phil Spector, encontramos combinações de sons, o que — cientificamente falando — é um aspecto brilhante da produção sonora."[8]