Usuário:JMagalhães/Notepad81
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A doença pulmonar obstrutiva crónica (português europeu) ou doença pulmonar obstrutiva crônica (português brasileiro) (DPOC) é um tipo de doença pulmonar obstrutiva caracterizada por diminuição prolongada do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar. Entre os principais sintomas estão a falta de ar e tosse com produção de expectoração. A DPOC é uma doença progressiva, o que significa que geralmente se agrava com o decorrer do tempo.[1] A partir de determinado momento começam-se a verificar dificuldades em realizar atividades do dia-a-dia, como subir escadas.[2] Bronquite crónica e enfisema são termos antigos usados para denominar diferentes tipos de DPOC.[2][3] O termo "bronquite crónica" é ainda hoje usado para definir uma tosse produtiva que se manifeste durante pelo menos três meses por ano e ao longo de dois anos.[4]
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Em cima: pulmões saudáveis com pormenor em corte dos bronquíolos e dos alvéolos pulmonares. Em baixo, as mesmas estruturas em processo de destruição pela DPOC | |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | J40 - J44, J47 |
CID-9 | 490 - 496 |
OMIM | 606963 |
MedlinePlus | 000091 |
eMedicine | med/373 emerg/99 |
Leia o aviso médico |
A inalação de fumo de tabaco é a causa mais comum de DPOC. Outros fatores de risco, como a poluição do ar e a genética, são menos significativos.[5] Em países desenvolvidos, uma das fontes mais comuns de poluição do ar é a má ventilação de fontes de aquecimento e de queima de combustíveis.[2] A exposição prolongada a estes irritantes causa uma resposta inflamatória nos pulmões, o que provoca um estreitamento das vias aéreas e a destruição do tecido pulmonar.[6] O diagnóstico tem por base a medição do fluxo respiratório através de testes que avaliam a função respiratória.[7] Ao contrário da asma, o estreitamento das vias aéreas na DPOC não melhora significativamente após a administração de um broncodilatador.[2]
A maior parte dos casos de DPOC pode ser evitada diminuindo a exposição aos fatores de risco.[8] Entre as principais medidas estão a diminuição da exposição ao fumo do tabaco e a melhoria da qualidade do ar. Embora o tratamento possa atrasar o agravamento, a doença não tem cura.[2] O tratamento inclui deixar de fumar, a vacinação, a reabilitação respiratória e, em muitos casos, inalação de broncodilatadores e corticosteroides.[5] Em algumas pessoas pode ser benéfica a oxigenoterapia de longo prazo ou um transplante de pulmão.[6] Em pessoas que manifestam períodos de agravamento agudo, pode ser necessária hospitalização e o uma maior quantidade de medicamentos.[5]
Em 2013 a DPOC afetava cerca de 329 milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de 5% da população mundial.[9][10] Geralmente ocorre em pessoas com mais de 40 anos de idade e afeta de igual forma homens e mulheres.[2] Em 2013, a doença foi responsável pela morte de 2,9 milhões de pessoas, um aumento em relação às 2,4 milhões em 1990.[11] Mais de 90% destas mortes ocorrem em países em vias de desenvolvimento.[2] Estima-se que o número de mortes venha a aumentar devido ao aumento de número de fumadores nos países em desenvolvimento e ao aumento da população idosa em muitos países.[12] Em 2010, a doença implicou um custo económico estimado de 2,1 biliões de dólares.[13]