Usuário:DAR7/Testes/História do Brasil/Companhia de Jesus no Brasil
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A história da Companhia de Jesus no Brasil teve início com a chegada dos jesuítas em 1549 à Bahia. Então fundaram um colégio e iniciaram a catequese dos índios. Posteriormente, já na segunda metade do século XVIII, seriam expulsos de Portugal e de suas colônias pelo Marquês de Pombal. Atualmente, possuem vários colégios e universidades dispersos pelo país, além de paróquias e atuação no apostolado social, bem como na formação do clero, religiosos e leigos católicos.
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Companhia de Jesus Societas Iesu | |
AD MAIOREM DEI GLORIAM Para a maior glória de Deus | |
sigla S.J. | |
Tipo: | Ordem religiosa católica |
Fundador (a): | Santo Inácio de Loyola |
Local e data da fundação: | Paris, 15 de agosto de 1534 |
Aprovação: | 27 de setembro de 1540, por Papa Paulo III |
Superior geral: | Superior = Pe. Arturo Sosa |
Membros: | 18.516 (2009) |
Atividades: | missionário e educacional |
Sede: | Borgo Santo Spirito 4, CP 6139, Roma |
Site oficial: | http://www.sjweb.info/ |
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Eram simples ou ricos? Liberais ou escravocratas? Foram libertários ou libertinos? Santos ou do pau oco? Depois de quase quatrocentos anos, a função que os jesuítas desempenharam no Brasil colonial continua especulativa. Entre 1549, quando do seu desembarque na Bahia, e 1759, durante a sua expulsão de Portugal e de suas colônias pelo Marquês de Pombal, os jesuítas se mostraram uma das forças que mais atuavam para colonizar e conquistar o Brasil. Não fossem eles, a companhia colonial haveria tido demais caminhos e objetivos — quais, não é fácil imaginar. Avaliar o grupo do trabalho dos jesuítas, de acordo com o critério de significados que existem hoje, é cair em um equívoco que chama muito a atenção assim como o dos mesmos padres do século XVI. Os religiosos pretendiam julgar o pensamento e os hábitos dos índios segundo a fé e as regras religiosas europeias do final daquela época — um tempo assinalado pela intolerância religiosa, pela superioridade racial e, sobretudo, pela Contrarreforma.[1] A partir do começo, a especulação se encontrava no centro da obra dos jesuítas, porque, apesar do seu antagonismo em tese, colonialismo e catequese continuaram andando de mãos dadas. A luta dos jesuítas foi contrária à escravidão dos índios, no entanto, o plano catequizador posto em prática — e o resultante acúmulo dos nativos em aldeamentos ou “missões” — não somente terminou em tragédia, devido aos sérios aparecimentos de doenças infecciosas, como tornou fácil o trabalho dos escravagistas. Os mesmos jesuítas, liderados pelo padre Nóbrega, possuíam escravos e criam na doutrina aristotélica da verdadeira escravidão de populações consideradas “inferiores”. Para proteger os aborígenes, incentivaram o comércio de africanos. Entretanto, no momento do rompimento do acordo de paz com os tamoios pelos portugueses, nada foi feito pelos clérigos.[1]
Os jesuítas se interessaram em sujeitar os índios para a insuportável tarefa regrada, para rigidez das horas, para o latim e para um só casamento. Lutaram contra a alimentação de carne humana, os matrimônios multiplicados e as viagens de pessoas sem habitação fixa — e, dessa forma, desestruturaram culturalmente muitas aldeias que foram empurradas por essa desorganização cultural para serem extintas. Em contrapartida, foi por causa do serviço dos propagadores do evangelho que acabou se dando a preservação e o registro do idioma e de suas regras gramaticais.[1] Não há coisa melhor para refletir algo dúbio, pelo qual foi marcada a atividade jesuítica no Brasil, que a época em que São Paulo foi fundada, em 1554. Foi autorizado pelo padre Nóbrega, o qual estava pronto para a catequização dos guaranis paraguaios, que um posto avançado fosse estabelecido no planalto de Piratininga. Entretanto, São Paulo se transformou num polo de escravidão e, daquela altura, expulsaram-se os padres da Companhia de Jesus. Nóbrega nunca foi autorizado a mandar uma missão para o Paraguai, em que os jesuítas espanhóis concretizariam o trabalho catequizador — e, depois, os bandeirantes de São Paulo, os quais se instalaram na cidade fundada por Nóbrega e Anchieta, a destroçaram.[1]
De qualquer jeito, é provável que, afinal de contas, o desempenho da função pelos jesuítas no Brasil foi um tremendo conservadorismo. Fundada como uma espécie de “exército cristão”, a Companhia de Jesus se transformou na mais importante instituição contrarreformista, sendo a favor da Inquisição e das regras limitantes que o Concílio de Trento ditava, combatendo os progressos do humanismo renascentista, os pensamentos da filosofia e discussões culturais — e os livros. Apesar disso, sem as mensagens e relatórios metódicos desses padres — um passo não era dado, em prática, pelos jesuítas, sem ser registrado —, não se poderia realizar a reconstituição da história do Brasil colonial.[1]