Urbanismo islâmico em Portugal
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A ocupação do território português durante o período islâmico caracteriza-se pela reutilização das cidades já estabelecidas localmente, adequando seus espaços conforme as necessidades da população local e do novo poder instalado. As cidades de maior destaque comumente encontravam-se em importantes cursos d’água, como por exemplo Lisboa (Al-Ushbuna); Santarém (Santarim), Coimbra (Qulumriyya), Silves (Xelb) e Mértola (Martulah). O acesso à água é um factor essencial desta ocupação, uma vez que a subsistência das urbes pautava-se em grande parte na sua produção agrícola, com as novas técnicas de irrigação instauradas pelos muçulmanos. Grandes áreas de pleno cultivo e jardins eram parte da típica paisagem andaluza.
A arqueologia tem sido a grande propulsora dos estudos do período islâmico na Península Ibérica, visto que a história tem poucas fontes escritas sobre este tema, sendo muitas delas recortes bastante específicos, consequentemente não representativos da maior parte dos contextos dos domínios muçulmanos medievais[1].