Titã
Ordem dos seres divinos na mitologia grega / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os titãs (masculino) e as titânides[1] (feminino) (em grego antigo, singular: Τιτάν e Τιτανίς, plural: Τιτάνες e Τιτανίδες), na mitologia grega, estão entre as entidades que enfrentaram Zeus e os demais deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros oponentes foram os gigantes, Tifão e Órion.[2]
Dos vários poemas gregos da Idade Clássica sobre a guerra entre os deuses e os titãs, apenas um sobreviveu. Trata-se da Teogonia atribuída a Hesíodo. Também o ensaio Sobre a música atribuído a Plutarco, menciona de passagem um poema épico perdido intitulado Titanomaquia ("Guerra dos Titãs") e atribuído ao bardo trácio cego Tâmiris, por sua vez um personagem lendário. Além disso, os titãs desempenharam um papel importante nos poemas atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas se conservem fragmentos dos relatos órficos, estes revelam diferenças interessantes em relação à tradição hesiódica.
Os titãs foram criados por uma deusa chamada Gaia, eles são gigantes que foram enviados à terra para protegê-la trazendo paz e união para todo mundo, esses gigantes eram geralmente na cor roxa, azul ou verde, cores usuais de deuses. O principal objetivo da deusa em criar os titãs era que eles acabassem com as guerras e que deixassem a paz reinar, juntando todos os povos e os protegendo.
Os titãs não formam um conjunto homogêneo. Trata-se, em geral, de deidades muito antigas ou "proto-deuses" (primeiros deuses) que, por uma razão ou outra, continuaram a ter uma certa vigência dentro dos mitos gregos clássicos e, ao constituir-se o esquema genealógico dos deuses, foram incluídas entre os descendentes de Urano.
Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados. Outras os rebeldes perdem, e são afastados totalmente do poder ou ainda incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir com os Vanir e os Jotunos na mitologia nórdica, o épico Enuma Elish babilónico, a narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos fragmentos ugaritas.