Síndrome de HELLP
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Síndrome de HELLP é uma complicação da gravidez caracterizada por hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas.[3][1] Tem geralmente início no último trimestre da gravidez ou imediatamente após o parto.[1] Os sintomas mais comuns são cansaço, retenção de líquidos, dores de cabeça, náuseas, dor na parte superior do abdómen, visão turva, hemorragias nasais ou ataques epilépticos.[1] Entre as possíveis complicações estão a coagulação intravascular disseminada, descolamento prematuro da placenta e insuficiência renal.[1]
Síndrome de HELLP | |
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Laço vermelho usado em campanhas de consciencialização para a síndrome de HELLP | |
Especialidade | Obstetrícia |
Sintomas | Cansaço, retenção de líquidos, dores de cabeça, náuseas, dor na parte superior do abdómen, perturbações da visão[1] |
Complicações | Coagulação intravascular disseminada, descolamento prematuro da placenta, insuficiência renal, edema pulmonar[1] |
Início habitual | Último trimestre da gravidez ou imediatamente após o parto[1] |
Tipos | Completa, incompleta[2] |
Causas | Desconhecidas[1] |
Fatores de risco | Pré-eclampsia, eclampsia, antecedentes de HELLP, idade materna >25 anos, etnia branca[1] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue[2] |
Condições semelhantes | Hepatite viral, púrpura trombocitopénica trombótica, colangite, síndrome hemolítico-urémica[2] |
Tratamento | Parto assim que possível, tratamento da pressão arterial[1][2] |
Frequência | ~0,7% das gravidezes[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | O14.2 |
CID-11 | 1748922908 |
DiseasesDB | 30805 |
MedlinePlus | 000890 |
eMedicine | 1476919, 1394126 |
MeSH | D017359 |
Leia o aviso médico |
Desconhecem-se as causas da doença.[1] A sua ocorrência está associada à pré-eclampsia ou eclampsia.[1] Entre outros fatores de risco estão antecedentes de síndrome de HELLP, idade materna superior a 25 anos e ser de etnia branca.[1] O mecanismo subjacente pode envolver anomalias no desenvolvimento da placenta.[4] O diagnóstico é geralmente feito com análises ao sangue para detecção de sinais de destruição dos glóbulos vermelhos (lactato desidrogenase superior a 600 U/l), aspartato aminotransferase superior a 70 U/l e plaquetas inferiores a 100x109/l.[2] Quando estão presentes os três critérios, a síndrome denomina-se completa, caso contrário denomina-se incompleta.[2]
O tratamento geralmente consiste na realização do parto assim que possível,[1] principalmente quando a gravidez está além das 34 semanas de gestação.[2] É possível administrar medicamentos para fazer baixar a pressão arterial e em alguns casos podem ser necessárias transfusões de sangue.[1] Nos casos em que a doença ocorre mais cedo durante a gravidez, podem ser necessários corticosteroides para acelerar o desenvolvimento dos pulmões do feto.[2]
A síndrome de HELLP ocorre em cerca de 0,7% das gravidezes e afeta cerca de 15% das mulheres com eclampsia ou pré-eclampsia grave.[5][2] A morte materna é pouco comum.[1] O prognóstico para o bebé está geralmente relacionado com o tempo de prematuridade do parto.[1] A síndrome foi denominada em 1982.[2]