Rebelião de Bambata
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A rebelião de Bambata é como ficou conhecido o episódio da história da África do Sul ocorrido em 1906 com a insurgência de vários líderes tribais, capitaneados pelo Chefe (Inkosi) Bambata da tribo zulu dos amaZondi, contra a cobrança de impostos pelos brancos colonizadores.
Apesar do nome consagrado dessa insurreição nativa relembrar a figura de Bambata, a historiografia vem chamando o evento de "Rebelião Zulu" ou "Revolta Zulu" (ou, ainda: Rebelião de Natal, Rebelião Nativa de Natal e Rebelião da Poll Tax).[1]
O termo rebelião também por vezes é contestado, pois implica na intenção de derrubar o poder constituído, e muitas vezes é utilizado revolta para designar os atos de insurgência ocorridos em vários locais da colônia; contudo, os seus líderes não reconheciam sua legitimidade política ou moral, apesar de reconhecerem a situação colonial, o que caracterizaria a rebelião ou revolução.[1]
Embora tenha resultado na completa vitória do colonizador, a insurreição vem modernamente sendo considerada como um vitória moral dos movimentos nativos,[1] e uma precursora da resistência ao sistema discriminatório do Apartheid na África do Sul.[2] Embora no sistema colonial inglês seja considerada como um evento secundário, ela acelerou a criação da União Sul-Africana em 1910[3] e foi também a partir desta revolta que Mahatma Gandhi idealizou sua política de resistência pacífica aos opressores,[4] além de ter inspirado Nelson Mandela desde sua infância.[5]