Rebelião Zanje
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A Rebelião Zanje (em árabe: ثورة الزنج; romaniz.:Thawrat al-Zanj/Zinj) foi uma grande revolta contra o Califado Abássida, ocorrida entre 869-883. Começou perto de Baçorá, ao sul do Iraque, e foi chefiada por Ali ibne Maomé, e envolveu escravos negros (zanjes) capturados na costa da África Oriental e transportados ao Oriente Médio.[3] Ela cresceu a ponto de envolver muitos escravos e homens livres, de várias regiões do califado, e ceifou dezenas de milhares de vidas antes que de ser neutralizada.[4]
Rebelião Zanje | |||
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Centros invadidos e/ou ocupados pelos zanjes | |||
Data | 869 – 883 | ||
Local | Sul do Iraque e Cuzestão | ||
Desfecho | Vitória abássida | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Vários historiadores muçulmanos, tais como Tabari e Almaçudi, consideram a revolta zanje como um dos "mais cruéis e brutais" dos vários distúrbios que assolaram o governo abássida.[4] Estudiosos modernos têm caracterizado o conflito como sendo "uma das mais sangrentas e destrutivas rebeliões que a história da Ásia Ocidental registrou",[5] enquanto, ao mesmo tempo, elogiam sua cobertura como uma das "mais plenas e amplamente descritas campanhas de toda historia primitiva Islâmica escrita."[6] A composição precisa dos rebeldes ainda é assunto de debate, seja sua identidade, seja a proporção de escravos e livres, pois as fontes disponíveis deixam aberto a várias interpretações.