Psicologia analítica
ramo da psicologia iniciado por Carl Jung / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana ou psicologia complexa, é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por Carl Gustav Jung. Ela enfatiza a importância da psique, do inconsciente, dos arquétipos e do processo de individuação.[1][2] Ela se distingue da psicanálise, iniciada por Freud, e da psicologia de Adler e seus contemporâneos, por uma noção diferenciada e abrangente da libido, a conceituação do inconsciente coletivo e o surgimento da função transcendente.[3]
Conceitos importantes no sistema de Jung são individuação, símbolos, o inconsciente pessoal, o inconsciente coletivo, arquétipos, sincronicidade, complexos, a persona, a sombra, a anima e o animus, e o Self.[3]
A psicologia analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e do estudo comparado da história das religiões, as quais ele veio a compreender como autorrepresentações de processos psíquicos inconscientes.
Costuma-se dizer que diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo, em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes interpretações de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por predisposições funcionais de organização do psiquismo (comparáveis às condições a priori da experiência, de Kant).[3]
As teorias de Jung foram investigadas e elaboradas por Toni Wolff, Marie-Louise von Franz, Jolande Jacobi, Aniela Jaffé, Erich Neumann, James Hillman, Anthony Stevens e Nise da Silveira.