Protestos na Armênia em 2020−2021
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Protestos na Armênia em 2020−2021 (também conhecidos como Marcha da Dignidade; [11] em armênio/arménio: Արժանապատվության երթ[12]) são uma série de protestos que começaram na sequência do acordo de cessar-fogo de Nagorno-Karabakh em 10 de novembro de 2020.[13] Após o primeiro-ministro Nikol Pashinyan anunciar que assinou um acordo para ceder os territórios ocupados pelos armênios no Azerbaijão e pôr fim a seis semanas de hostilidades na região de Nagorno-Karabakh, milhares de pessoas foram às ruas e centenas invadiram o prédio do Parlamento na capital Yerevan.[14] Os protestos continuaram ao longo de novembro, com manifestações em Yerevan e outras cidades exigindo a renúncia de Nikol Pashinyan.[15]
Protestos na Armênia em 2020−2021 | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Protestos na frente da Ópera de Yerevan contra os termos do acordo de cessar-fogo de 2020 em Nagorno-Karabakh. | |||||||||||||
| |||||||||||||
Participantes do conflito | |||||||||||||
Manifestantes antigovernamentais
Movimento de Salvação da Pátria
Pólo Nacional-Democrático
|
Governo da Armênia | ||||||||||||
Líderes | |||||||||||||
Apoiado por
|
|
Os protestos foram liderados por duas coalizões políticas diferentes. O Pólo Democrático Nacional, uma aliança de dezesseis figuras políticas; e o Movimento de Salvação da Pátria, uma aliança de dezessete partidos de oposição, incluindo o antigo partido governante Partido Republicano da Armênia, a Armênia Próspera (o maior partido de oposição no parlamento), e a Federação Revolucionária Armênia. Em 3 de dezembro, o Movimento de Salvação da Pátria anunciou o ex-primeiro-ministro Vazgen Manukyan como seu candidato para liderar um governo interino. Além das duas coalizões de oposição, várias figuras públicas pediram à renúncia do primeiro-ministro Pashinyan, incluindo o então presidente da Armênia Armen Sarkissian, o ex-presidente Levon Ter-Petrosyan, ambos os catholicoi da Igreja Apostólica Armênia Karekin II e Aram I, e o líder do terceiro maior partido no parlamento Edmon Marukyan (que anunciou sua própria candidatura ao cargo de primeiro-ministro), bem como vários governadores regionais e prefeitos.[1]
No início de dezembro, a proibição de reuniões em massa e greves estipulada pela lei marcial imposta em setembro foi levantada.[16] Em 22 de dezembro, foi convocada uma greve geral que revigorou os protestos.
Em 25 de fevereiro de 2021, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Armênias Onik Gasparyan e mais de quarenta outros oficiais militares de alto escalão emitiram uma declaração pedindo a renúncia de Pashinyan, que Pashinyan denunciou como uma tentativa de golpe militar.[17]