Projeto para o Novo Século Americano
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O Projeto para o Novo Século Americano (em inglês, Project for the New American Century, PNAC) é um think tank neoconservador[1] americano, estabelecido em Washington D.C. e ativo entre 1997 e 2006. Foi fundado como uma organização sem fins lucrativos no início de 1997, por William Kristol e Robert Kagan,[2] com o objetivo declarado de promover a liderança mundial dos Estados Unidos. O PNAC tinha como princípio fundamental a ideia de que "a liderança americana é, ao mesmo tempo, boa para a América e para o mundo", apoiando "a política reaganiana de poderio militar e de transparência moral". A organização exerceu uma forte influência sobre os altos escalões do governo dos Estados Unidos durante os mandatos do presidente George W. Bush no que se refere ao desenvolvimento militar e da política externa, particularmente com referência à segurança nacional e à guerra do Iraque.
Das 25 pessoas que assinaram a ata de fundação do PNAC, dez fizeram parte da administração George W. Bush, incluindo Dick Cheney, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz.[3][4][5][6] Observadores como Irwin Stelzer e Dave Grondin sugerem que o PNAC desempenhou um papel-chave na definição da política externa da administração Bush, angariando apoios para a guerra do Iraque.[7][8][9][10] Por outro lado, acadêmicos, como Inderjeet Parmar, Phillip Hammond e Donald E. Abelson consideram que a influência do PNAC na administração George W. Bush tem sido exagerada.[11][12][13]
O PNAC encerrou suas atividades em 2006;[14] Foi substituído por um novo think-tank - a Foreign Policy Initiative- também fundado por Kristol e Kagan, em 2009.
O PNAC é uma organização polêmica. Muitos afirmam que o projeto propõe a dominação militar e econômica global, incluindo o ciberespaço, por parte dos Estados Unidos, assim como a intervenção dos EUA nos problemas mundiais.
O nome PNAC remete à expressão "Século Americano", que traduz a hegemonia política, econômica e cultural dos Estados Unidos ao longo do século XX, e projeta a manutenção dessa hegemonia durante o século XXI. Alguns especialistas[quem?] concluem que a Guerra do Iraque de 2003, denominada "Operação Liberdade Iraque", é o primeiro grande passo para a consecução desses objetivos. Os atentados terroristas de 11 de setembro também teriam sido um ação executada por esta organização, fazendo parte desse plano, jogando o mundo contra os "terroristas" para assim poder atacar o Iraque sem enfrentar grande oposição interna, nos EUA, ou da comunidade internacional.[carece de fontes?]