Potência de áudio
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Potência de áudio, forma simplificada de potência de audiofrequência, em equipamentos de áudio fabricados, é a potência elétrica transferida de um amplificador de audiofrequência para uma ou mais unidades de saída, conversoras de energia elétrica em energia mecânica (acústica, no caso), chamadas sonofletores, altifalantes ou alto-falantes. É a medida em potência do sinal de áudio anteriormente convertido em sinal elétrico (ou eletrônico) e, agora, reconvertido ou recuperado na forma sonora, para os fins de utilização específica (audição). Trata-se, pois, de medida de fenômeno sensível de ondas mecânicas em um meio fluido, cuja percepção pelo ouvido humano dá-se de forma que se usa aproximar por modelos matemáticos logarítmicos (ver bel e decibel). Não se deve confundir, por isso, com potência acústica, com a qual pode ou não guardar efetiva relação conceitual e física. Com efeito, potência acústica pode ser resultante de um equipamento eletrônico de audiofrequência, porém não necessariamente (citem-se a voz humana, o rufo de um tambor, o som do vento etc.). O elemento distintivo essencial, nesse caso, é o foco da eventual origem acústica: será apenas acústica, se nenhum artefato eletrônico for a causa do som. Em caso contrário, falar-se-á em potência de áudio.
Potência de áudio é medida em unidades de potência. No Sistema Internacional de Unidades, mede-se naturalmente em watts. Pelo fato de referir-se a ondas e sinais comumente complexos em forma de onda, usa-se avaliá-la por meio de descritores de onda: valor médio, valor de pico, valor de pico-a-pico, composição espectral, distorção harmônica e outros. Costuma-se também atribuir-lhe (e até medir, com suporte normativo técnico oficial) um valor eficaz (ou RMS), o qual, embora seja apurável matematicamente, não tem sentido físico nem utilidade prática em análise das potências envolvidas no fenômeno de áudio.
É importante distinguir potência elétrica de áudio (ainda presente nos circuitos eletrônicos) de potência acústica de áudio. A razão desta para aquela é o rendimento energético do sistema sonofletor de conversão. Com efeito, apenas uma pequena porção da potência de audiofrequência em transferência é efetivamente convertida em potência acústica. A maioria dos alto-falantes comerciais são transdutores pouco eficientes, atingindo apenas cerca de 1% de eficiência energética. Os de mediana qualidade exibem entre 1% e 4% de eficiência energética. E mesmo os melhores não superam 20% de eficiência energética. O restante degrada-se em calor, principalmente na bobina de voz e no conjunto de magnetos. A principal razão disso é a dificuldade de se conseguir bom casamento de impedâncias entre a unidade de acionamento e a que irradia o som para o ar.