Sebastião José de Carvalho e Melo
nobre, diplomata, estadista português e secretário de Estado do Reino / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Conde de Oeiras (Sernancelhe, 13 de maio de 1699 – Pombal, 8 de maio de 1782)[1][2] foi um nobre, diplomata e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.
Sebastião José de Carvalho e Melo | |
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Marquês de Pombal Conde de Oeiras | |
Retrato do Marquês de Pombal, Museu Nacional de Soares dos Reis | |
Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino | |
Período | 6 de maio de 1756 a 4 de março de 1777 |
Antecessor(a) | Pedro da Mota e Silva |
Sucessor(a) | Visconde de Vila Nova de Cerveira |
Adjuntos | José de Seabra da Silva (1771-1774) Aires de Sá e Melo (1775-1777) |
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra | |
Período | 2 de agosto de 1750 a 6 de maio de 1755 |
Predecessor(a) | Marco António de Azevedo Coutinho |
Sucessor(a) | Luís da Cunha Manuel |
Nascimento | 13 de maio de 1699 |
Sernancelhe, Portugal[1] | |
Morte | 8 de maio de 1782 (82 anos) |
Pombal, Portugal | |
Sepultado em | 1923 (trasladação para o local actual), Igreja da Memória, Lisboa |
Esposas | Teresa Luísa de Mendonça e Almada; cas. 1723; viúvo 1739 Leonor Ernestina de Daun, 1.ª Marquesa de Pombal; cas. 1745 |
Descendência | Teresa Violante Eva Judite de Daun Henrique José de Carvalho e Melo Maria Francisca Xavier Eva Anselma de Carvalho e Daun José Francisco Xavier Maria de Carvalho Melo e Daun Maria Amália de Carvalho e Daun |
Pai | Manuel de Carvalho e Ataíde |
Mãe | Teresa Luísa de Mendonça e Melo |
Ocupação | Estadista |
Religião | Católico Romano |
Assinatura | |
Brasão |
Representante do despotismo esclarecido em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Proibiu a importação de escravos negros em Portugal Continental a 12 de fevereiro de 1761[3] preferindo fomentar o comércio de escravos para o Brasil, [4][5] e acabou com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, que foi colocada sob autoridade régia e esteve em vigor "de jure" até 1821. Por outro lado, criou a Real Mesa Censória em 1768, com o objetivo de transferir, na totalidade, para o Estado a fiscalização das obras que se pretendessem publicar ou divulgar no Reino, o que até então estava a cargo do Tribunal do Santo Ofício.[6]
Durante o reinado de D. João V foi embaixador nas cortes do Reino da Grã-Bretanha, em Londres, Inglaterra, e do Sacro Império Romano-Germânico, em Viena, Arquiducado da Áustria.[2]
A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitetónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas. Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos jesuítas de Portugal e das suas colónias.[7]
O quadro "O Marquês de Pombal iluminando e reconstruindo Lisboa", assinado conjuntamente por Louis-Michel van Loo (1707-1771) e Claude-Joseph Vernet (1714-1789), dois grandes pintores da sua época, representa o estadista, em 1759, no centro de uma cena de grande significado político e económico.