Polonização
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Polonização (polonês: polonizacja) é uma aquisição ou imposição de elementos da cultura polonesa, especialmente o idioma polonês, experimentado pela população não polonesa dos territórios controlados pela Polônia ou com significativa influência polonesa, em diferentes períodos históricos. A polonização é freqüentemente comparada a outras políticas assimilativas levadas a efeito às vezes por outras potências européias que aspiraram a dominação regional (como por exemplo, a germanização, a romenização ou russificação), ou as políticas praticadas por renascidos países que quiseram aumentar o papel de seus idiomas em suas sociedades (por exemplo, a ucranização).
A polonização foi principalmente observada nas histórias da República das Duas Nações (ou Primeira República, 1569-1795) e da Segunda República Polonesa (1918-1939), sendo que devido ao grande espaço de tempo entre esses dois momentos históricos, o processo de polonização foi bem diferente em cada um deles. No tempo da República das Duas Nações, a cultura polonesa, influenciada pela cultura ocidental, atraiu para si as classes sociais mais altas da Rutênia (bielorrussos e ucranianos) e comunidades lituanas levando-as a uma maior ou menor alienação de suas raízes étnicas.
A polonização às vezes foi relacionada de perto com a conversão à fé católica romana, uma vez que em algumas áreas e em alguns períodos históricos ser culturalmente polonês e ter a religião católica romana significava a mesma coisa, embora a correlação não fosse por meio universal. A promoção da Igreja Católica Apostólica Romana em detrimento das Igrejas Ortodoxas foi o aspecto da polonização que mais ressentimentos causou aos povos bielorrusso e ucraniano. Ao contrário dos lituanos, que eram de maioria católica e estavam prestes a perderem a sua identidade cultural como nação, mas que não era evidente para a maioria do povo lituano até o surgimento do renascimento nacional lituano no meio do século XIX.
No século XX as políticas de polonização da Segunda República Polonesa foram voltadas para alcançar uma homogeneidade étnica polonesa sobre todo o território da República, apesar de mais de um terço da população da Polônia não ser de poloneses. Essas políticas buscavam principalmente enfatizar o uso do idioma polonês na educação e nos meios oficiais, enquanto discriminavam o uso de outras línguas. Os proponentes desta política esperavam que ela resultasse no domínio total da língua polonesa após a sua contínua aplicação ao longo de algumas poucas gerações. Dado o curto espaço de tempo em que elas foram aplicadas, essas políticas, administradas com intensidade variada, chegaram bem próximas de seus objetivos, mas contribuíram para aumentar as tensões étnicas que levaram a uma grande escalada de violência durante a Segunda Guerra Mundial.