Palácio de São Bento
palácio onde está instalada a Assembleia da República Portuguesa / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Palácio de São Bento é um palácio de estilo neoclássico situado em Lisboa, sendo a sede do Parlamento de Portugal desde 1834. Foi construído em finais do século XVI (1598) como mosteiro beneditino (Mosteiro de S. Bento da Saúde) por traça de Baltazar Álvares,[1] apresentando feição maneirista e barroca. Nele chegou a estar instalado o Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Com a extinção das ordens religiosas em Portugal passou a ser propriedade do Estado. No século XVII, foram construídas as criptas dos marqueses de Castelo Rodrigo.[2]
Palácio de São Bento Assembleia da República | |
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Nomes anteriores | Palácio das Cortes Palácio do Congresso Palácio da Assembleia Nacional |
Nomes alternativos | Mosteiro de São Bento da Saúde |
Estilo dominante | Maneirista e barroco com alterações no séc. XX |
Arquiteto | Baltazar Álvares (mosteiro) Ventura Terra (reconstrução) |
Construção | 1598-1615 (mosteiro beneditino) 1896-1903 (reconstrução após incêndio) |
Proprietário inicial | Ordem de São Bento |
Função inicial | Mosteiro masculino |
Proprietário atual | Estado Português |
Função atual | Assembleia da República |
Website | parlamento.pt |
Património Nacional | |
Classificação | Monumento Nacional |
Ano | 2002 |
DGPC | 70140 |
SIPA | 4305 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Lisboa |
Coordenadas | 38° 42' 45" N 9° 9' 13" O |
Localização em mapa dinâmico |
Depois da implantação do regime liberal em 1834, após a Guerra civil portuguesa, tornou-se sede das Cortes Gerais da Nação, passando a ser conhecido por Palácio das Cortes. Acompanhando as mudanças da denominação oficial do Parlamento, o Palácio foi, também, tendo várias denominações oficiais: Palácio das Cortes (1834-1911), Palácio do Congresso (1911-1933) e Palácio da Assembleia Nacional (1933-1974). Em meados do século XX passou a utilizar-se, geralmente, a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo Convento. Essa denominação manteve-se, depois de 1976, quando passou a ser a sede da Assembleia da República.
Ao longo dos séculos XIX e XX, o Palácio foi sofrendo uma série de grandes obras de remodelação, interiores e exteriores, que o tornaram quase completamente distinto do antigo Mosteiro, de destacar no fim do século XIX a remodelação por Ventura Terra e em 1936 a monumental escadaria, acrescentada por António Lino da Silva e concluída por Cristino da Silva. O Palácio apresenta um corpo central com arcadas ao nível térreo e sobre estas galeria com colunata, encimada por frontão triangular decorado com estuques. O interior é igualmente grandioso, repleto de alas, sendo de realçar a Sala das Sessões da Câmara dos Deputados, a Sala dos Passos Perdidos, o Salão Nobre, entre outras bem como de obras de arte de diferentes épocas da história de Portugal. O Palácio integra ainda um Museu Histórico, tendo sido classificado como Monumento Nacional em 2002.[3]
Em 1999, foi inaugurado o edifício novo[4] que serve de apoio à Assembleia da República. Localizado na praça de S. Bento o novo edifício, um projeto de 1996 do arquiteto Fernando Távora, embora ligado ao palácio por acesso interior direto foi propositadamente construído de forma a ser uma estrutura autónoma a fim de não comprometer nem descaraterizar o traçado palaciano.