Nobreza do Império do Brasil
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A Nobreza do Império do Brasil foi uma classe heterogênea formada a partir de tradições portuguesas do Antigo Regime combinadas a novidades introduzidas por influência do liberalismo e da ética burguesa, das quais as mais importantes foram a abolição dos privilégios jurídicos e fiscais e da transmissão hereditária, e a primazia do mérito pessoal na concessão de títulos e mercês.
Contudo, essas mudanças afetaram apenas o corpo da nobreza titulada. É uma crença comum que a nobreza brasileira foi composta apenas de nobres titulados não-hereditários, mas essa visão não é exata e leva em conta apenas o aspecto jurídico da questão, ignorando uma realidade social muito mais dinâmica e multifacetada, onde existiram nobres não titulados e outros cuja nobreza era hereditária e estava fundamentada na tradição e no reconhecimento social, reproduzindo no Brasil imperial costumes muito antigos de reconhecimento extra-jurídico que já existiam na cultura portuguesa.
Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, e a subsequente promulgação da Constituição de 1891, todos os foros de nobreza e distinções nobiliárquicas brasileiras foram abolidas.[1][2]