Neutralidade suíça
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A neutralidade suíça é um dos principais princípios da política externa da Suíça, que determina que o país não deve se envolver em conflitos armados ou políticos entre outros Estados.[1] Esta política é autoimposta, sendo concebida para garantir a segurança externa e promover a paz.[2]
A Suíça tem a mais antiga política de neutralidade militar do mundo,[3] e não participa de uma guerra entre países estrangeiros desde que sua neutralidade foi estabelecida pelo Tratado de Paris, em 1815.
Embora as potências europeias (Áustria, França, Reino Unido, Portugal, Prússia, Rússia, Espanha e Suécia) concordassem no Congresso de Viena, em maio de 1815, que a Suíça deveria ser neutra, a ratificação final do tratado foi adiada até que Napoleão Bonaparte fosse derrotado para permitir que algumas forças da coalizão invadissem a França através do território suíço.[4]
O país tem uma história de neutralidade armada desde a Reforma Suíça; não está em estado de guerra internacional desde 1815 e não se tornou membro das Nações Unidas até 2002.[5] Persegue uma política externa ativa e está frequentemente envolvida em processos de construção da paz em todo o mundo.[6][7]
De acordo com o presidente suíço Ignazio Cassis, durante um discurso no Fórum Econômico Mundial em 2022, as leis de neutralidade para a Suíça são baseadas nos princípios do acordo de Haia, que incluem "não participar em guerras; cooperação internacional, mas sem participação em qualquer aliança militar; não fornecer tropas ou armas para as partes em conflito e não conceder direitos de transição".[8]