Nacionalismo étnico
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Nacionalismo étnico ou etnonacionalismo é uma forma de nacionalismo onde a 'nação' é definida em termos de etnicidade. Esse tipo de nacionalismo tem como ênfase uma abordagem etnocêntrica aplicada às questões sociais e políticas que afirme a legitimidade nacional de determinado grupo étnico acima dos demais.
Esse tipo de nacionalismo inclui elementos de descendência compartilhada das gerações anteriores e uma homogeneização cultural, social e linguística. Sua essência é baseada na compreensão da etnicidade como algo primordial e imutável ao longo do tempo. O princípio central dos nacionalistas étnicos é definido por uma herança comum, que engloba idioma, religião, cultura e ancestralidade étnica. Aqueles de outras etnias podem ser considerados cidadãos de segunda classe, em contraste com uma definição puramente cultural ou linguística de "nação".
O Império Otomano e os Estados Unidos são exemplos de estados poliétnicos em que a nação é definida por seu território geográfico, enquanto Israel é exemplo de uma etnocracia. Os pesquisadores de estudos da diáspora ampliam o conceito de "nação" para as comunidades diaspóricas. Diáspora é um termo utilizado para definir deslocamento de pessoas para outra região - podendo ser incentivado ou forçado pelo Estado, em que a comunidade dispersa mantém conexões significativas entre si e com o local de origem. Em termos gerais, pode significar a dispersão de qualquer nação ou etnia pelo mundo. Estudiosos sobre diáspora estendem esse conceito não-geográfico de nação entre comunidades diaspóricas, às vezes usando o termo etnonação ou etnonacionalismo para descrever um conceito coletivo de etnias dispersas.
O termo nação é usado para se referir a algum grupo de pessoas que possuem laços comuns, etnia, língua, cultura, história e território geográfico, frequentemente, com um governo exercendo soberania como forma de poder. Assim, ao estender o conceito de nação para as diásporas, os estudiosos buscam reconhecer a importância dos laços transnacionais e da expressão de identidades que se formam nessas comunidades, contribuindo ativamente para o desenvolvimento cultural, econômico e político tanto do país de origem quanto do país de acolhimento.
O termo “etnoestado branco” refere-se a um tipo de Estado que restringe a sua presença exclusivamente a um grupo étnico branco, ao mesmo tempo que marginaliza outras comunidades. Exemplos históricos incluem a era do apartheid na África do Sul e as políticas de segregação nos Estados Unidos até meados da década de 1960, durante as quais grupos como a Ku Klux Klan promoveram a supremacia branca. Já o apartheid na África do Sul segregou e marginalizou a população não branca em "bantustões'' - territórios limitados aos negros - para promover a segregação racial.