Mulheres no Islã
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As mulheres no Islão são guiadas pelas leis primárias islâmicas, nomeadamente o Alcorão, assim como pelas demais leis secundárias (que tendem a variar de acordo com a diferença na conceituação das mulheres islâmicas).[1]
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As leis e a cultura islâmica possuem grande impacto nos mais variados aspectos da vida de uma mulher islâmica, tais como sua educação, oportunidade de emprego, herança, casamento e justiça, entre outros.[2]
O papel das mulheres na sociedade muçulmana mudou significativamente nos séculos desde que o Islamismo começou na Arábia no início dos anos 600 d.C. Sua posição variou com a mudança de circunstâncias sociais, econômicas e políticas. Embora o Islão considere homens e mulheres como moralmente iguais à vista de Alá, as mulheres não tiveram o mesmo acesso a muitas áreas da vida islâmica. Historicamente, as mulheres muçulmanas não foram tratadas como iguais aos homens. Determinados governantes e administradores e a maioria de eruditos legais impuseram um sistema de desigualdade, que justificaram pelas suas interpretações do Alcorão e das tradições do profeta. As autoridades coloniais desafiaram estes pontos de vista, e as suas noções ocidentais da posição legítima das mulheres na sociedade fixaram-se entre alguns segmentos da população muçulmana. Desde que grande parte do mundo islâmico se tornou independente em meados de 1900, no entanto, as mulheres têm sido apanhadas entre os tradicionalistas e reformadores enquanto eles competem por dominância na sociedade islâmica.[3]
Antes do surgimento do Islão no início dos anos 600, os árabes viviam em uma sociedade tradicionalmente patriarcal. As mulheres eram consideradas como propriedade, e não existiam limitações à poliginia.[3] O Islão trouxe algumas reformas, particularmente no que se refere ao estatuto das mulheres. O Alcorão reconheceu o direito de uma mulher escolher seu próprio parceiro de casamento e fixou limites à prática da poliginiaː um homem poderia ter até quatro esposas, se ele pudesse providenciá-las e tratá-las igualmente.[3]
A poliginia é permitida aos homens praticantes do Islamismo, não sendo difundido em todos os segmentos da religião; em alguns países islâmicos, como o Irã, o homem pode contrair matrimônio temporário.[4] Quanto ás mulheres, a poligamia é proibida Sobretudo, o Islão proíbe as mulheres de contrair matrimônio com um homem não-muçulmano, embora um homem possa casar com uma não muçulmana.
A Sharia provê, como complementarismo,[5] diferenças entre os papéis, direitos e deveres de homens e mulheres. Ser muçulmano é mais do que simplesmente uma identidade religiosa; o Islã estrutura a vida de uma mulher muçulmana como de base cotidiana.
Na maioria dos países muçulmanos, as mulheres exercem os mais variados níveis de seus direitos religiosos com relação a casamento, divórcio, estado civil, vestuário e educação, baseados nas diferentes interpretações da lei islâmica, geralmente bastante restritivas.[6]