Amarelos
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Amarelos, mongoloides ou mongólicos são termos obsoletos historicamente usados para designar um agrupamento racial constituído de vários povos nativos de grande parte da Ásia, das Américas e de algumas regiões da Europa e da Oceania. Trata-se de termos derivados de uma teoria racial biológica, já refutada.[1] No passado, também foram usados, como sinônimos, os termos "raça mongol", "amarela", "asiática" e "oriental".
A prática de dividir a humanidade em raças (mongoloide ou amarela, caucasóide ou branca, negroide ou negra, malaia ou marrom e americana ou vermelha) foi introduzida na década de 1780, por membros da Escola de História de Göttingen, um grupo de historiadores ligados à Universidade de Göttingen.[2] Historiadores dessa Escola também foram responsáveis pela criação de dois grupos fundamentais de terminologias do racismo científico:
- A terminologia de Blumenbach e Meiners para raça: caucasiana ou branca; mongol ou amarela; malaia ou marrom; etíope ou negra; americana ou vermelha;[3]
- A terminologia bíblica de Gatterer, Schlözer e Eichhorn para raça: semita, camita e jafética, as quais seriam constituídas, respectivamente, pelos descendentes de Sem, Cam e Jafé, os três filhos de Noé.
A divisão da Humanidade em raças foi desenvolvida por estudiosos ocidentais no contexto de ideologias racistas predominantes durante a era do Colonialismo.[4] Com o desenvolvimento da genética, o conceito de raças humanas distintas em um sentido biológico, tornou-se obsoleto. Em 2019, a Associação Americana de Antropólogos Biológicos declarou: "A crença em 'raças' como aspectos naturais da biologia humana e nas estruturas de desigualdade (racismo) que emergem de tais crenças estão entre os mais prejudiciais elementos da experiência humana, tanto hoje quanto no passado."[4]
O termo "mongoloide" também já foi usado para designar a pessoa portadora de síndrome de Down, o que nos dias atuais é considerado altamente ofensivo.[5][6][7][8] As pessoas afetadas pela síndrome eram frequentemente chamadas de "mongoloides" e a própria síndrome era designada por termos como "mongolismo", "idiotice mongol" ou "imbecilidade mongol".