Medicina ameríndia
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Medicina indígena corresponde ao comportamento orientado para obtenção e preservação da saúde através das práticas culturais dos povos indígenas.
De acordo com Eduardo Estrella (1985)[1], a medicina indígena apresenta os seguintes elementos estruturais:
- Aplicação de um conjunto de regras, modelos rituais, expressões ou ações que emergem historicamente da vida prática e da ideologia de um grupo social, e que conforma uma série de enunciados acerca da saúde e da doença.
- Prática esta que propicia o desenvolvimento de um “saber médico” onde se pode identificar: grupos de objetos ou enunciados, jogos de conceitos, séries de escolhas teóricas. Elemento que não constituem uma ciência, como uma estrutura idealmente definida e nem são tampouco conhecimentos amontoados procedentes de experiências, tradições ou descobrimentos unidos apenas pela identidade do sujeito que os gerou. São elementos a partir dos quais é possível construir proposições, desenvolver descrições mais ou menos exatas, elaborar teorias.
- Os enunciados desse saber médico se constituem sobre elementos empíricos, mágicos, míticos religiosos e racionais sendo especial a influência da ideológica exercida pela religião católica.
- Os enunciados, conceitos e práticas deste saber médico estão em boa parte, em oposição à ideologia dominante da formação social.