Picos da Europa
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Os Picos da Europa são uma formação montanhosa situada no norte da Espanha, que constitui a parte central da cordilheira Cantábrica. Embora não seja muito extensa, a sua proximidade do mar faz com que seja pródigo em acidentes geográficos de grande interesse. A área é um parque nacional desde 1918,[1] que é o mais antigo e o mais visitado da Espanha, a seguir ao Parque Nacional do Teide, em Tenerife.[2] Em 2003 a área do parque foi declarada uma reserva da biosfera[3] e desde 2017 que duas áreas de floresta do parque estão incluídas no sítio do Património Mundial da UNESCO "Florestas primárias e antigas de faias dos Cárpatos e de outras regiões da Europa".[4]
Picos da Europa Picos de Europa | |
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O Naranjo de Bulnes [es] (em asturiano: Picu Urriellu) visto de Pozo de la Oración, Cabrales | |
Localização | |
Coordenadas | 43° 12' N 4° 48' O |
Continente | Europa |
País | Espanha |
Comunidades autónomas | Astúrias Cantábria Castela e Leão |
Cordilheira | Cantábrica |
Características | |
Altitude máxima | 2 650 m |
Cumes mais altos | Torre Cerredo |
Área | 674 km² |
Comprimento | 40 km |
Largura | 20 km |
Orientação | leste-oeste |
Geologia | calcário |
Localização dos Picos da Europa na Península Ibérica |
É uma formação calcária, com 674 km² de área, que se estende pelas comunidades autónomas das Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, com vários cumes com mais de 2 500 metros de altitude, perto da costa do mar Cantábrico (as zonas mais setentrionais distam apenas 15 km da costa). Apesar de geograficamente fazerem parte da cordilheira Cantábrica, os Picos da Europa são considerados uma unidade independente devido a serem de formação mais recente.[carece de fontes?] Estão divididos em três maciços: o ocidental ou Cornión, o central ou dos Urrieles e o oriental ou de Ándara.
Os Picos da Europa são a terceira cordilheira mais alta da Península Ibérica, a seguir à Serra Nevada e aos Pirenéus. As montanhas mais altas encontram-se no maciço dos Urrieles, conhecido por ser o mais agreste do três, pois 14 dos seus cumes ultrapassam os 2 600 m de altitude. O Torre Cerredo é o mais alto, com 2 650 m.[5] Outra montanha que se destaca e que é famosa é o Naranjo de Bulnes [es] (em asturiano: Picu Urriellu), cuja primeira escalada, ocorrida em 1904, se considera como o marco que assinala o início do alpinismo espanhol. Essa primeira ascensão foi realizada por Pedro Pidal [es], marquês de Villaviciosa e o seu companheiro de escalada e guia Gregorio Pérez Demaría (o cainejo), um pastor natural da aldeia montanhesa de Caín, do município de Posada de Valdeón.
No maciço ocidental, ou Cornión, assim chamado devido à sua silhueta ter a forma de um corno quando se avista desde oeste, destaca-se o cume da Torre Santa [es] (também conhecida como Peña Santa de León), cuja altitude de 2 596 m supera em 110 m o cume seguinte do maciço, a Torre de Santa Maria [es] (também conhecida como Peña Santa de Enol). Devido a estas montanhas, o maciço ocidental é também conhecido como Peñas Santas.
O maciço oriental, também chamado de Ándara por nele se situar o circo com esse nome, é o mais modesto, tanto em termos de altitudes como em termos de verticalidade. O seu cume mais alto é a Morra de Lechugales [es], com 2 444 m.