Música da Argentina
é a música da Argentina / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Argentina é um dos países latino-americanos com maior variedade no aspecto musical. Consequentemente, é possível encontrar um grande repertório de gêneros, em função da diversidade cultural que a classifica.[1][2]
O tango é um estilo musical e uma dança nascido nas zonas marginais portenhas e com difusão internacional, ligado fortemente com a Argentina e Uruguai, mas principalmente com Buenos Aires. Neste gênero musical se destacaram Carlos Gadel, considerado como o Rei do Tango, e o marplatense mundialmente reconhecido Ástor Piazzolla, enquanto que na dança se destaca o sucesso mundial do espetáculo Tango Argentino, criado em 1983 por Claudio Segovia e Héctor Orezzoli, com dançarinos como Juan Carlos Copes, María Nieves e Virulazo. Anualmente se realiza em Buenos Aires o Festival e Torneio Mundial de Dança de Tango.
Na Argentina, há uma ampla difusão da música chamada folclórica ou simplesmente folclore, inspirada nos gêneros rurais tradicionais. A música folclórica argentina tem características regionais diferenciadas: na música litoraleña predominam gêneros como o chamamé e a chimarrita; no folclore sulista-patagônico, predominam gêneros como a milonga, o triunfo e o malambo; no folclore cuyano predomina a cueca e a tonada; no folclore nortista predominam as chacareras e as zambas; e no folclore do noroeste andino, predominam os carnavalitos, sayas e as taquiraris. Grupos folclóricos como Los Chalchaleros e cantores solo como Jorge Cafrune, Atahualpa Yupanqui, Mercedes Sosa, Oscar Palavecino e Soledad Pastorutti estão entre os expoentes mais importantes destes gêneros. Entre os vários encontros de música folclórica se destacam o Festival de Cosquín em Córdoba e o carnaval jujeño.
Nas regiões do altiplano andino, as populações locais usavam uma música baseada no intervalo de trítonos, enquanto que nas regiões gaúchas a produção musical tinha fortes influências europeias.[3]
Esta última região (dos gaúchos) foi impulsionada pelo trabalho de poetas como Hilario Ascasubi e Bartolomé Hidalgo.[3]
O rock argentino teve um amplo desenvolvimento no final da década de 1960 e uma forte influência no rock íbero-americano cantado em espanhol amplamente conhecido em todo o continente. Possui expoentes em destaque, como as bandas fundadoras Los Gatos, Almendra, Manal e Sui Generis, além de Patricio Rey y sus Redonditos de Ricota, Soda Stereo ou músicos como Litto Nebbia e Luis Alberto Spinetta, bem como Charly García, Andrés Calamaro e Indio Solari. Os concertos numerosos costumam celebrar em estádios, sendo aquele com maior capacidade o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti. Os festivais de maior sucesso hoje em dia são o Cosquín Rock e o Quilmes Rock, celebrados anualmente.
A balada romântica, com cantores de fama sul-americana como Sandro de América. Por outro lado, devem ser considerados os ritmos e letras simples da cumbia, também chamada movida tropical ou bailanta, com um ritmo mais simples que o modelo original colombiano, e o cuarteto (este ritmo especialmente na província de Córdoba).
Buenos Aires é a principal escolhida para concertos de artistas estrangeiros realizarem suas turnês e costumam ser o cenário da música eletrônica na América Latina, com festas importantes como a South American Music Conference, a Creamfields que, com a convocação de mais de sessenta mil pessoas,[4] tornou a Ultra Music Festival Buenos Aires, uma das mais importantes do mundo. A cidade, junto com Mar del Plata e Bariloche, tem também seu próprio estilo de música eletrônica.
Com base no Conservatório Nacional da Música e do Teatro Colón, foi desenvolvida uma sólida escola de música e dança clássica.
Entre as criações não-classificáveis da música argentina se encontra a obra de María Elena Walsh — orientada em grande parte, mas não exclusivamente ao público infantil — e os espetáculos humorísticos-musicais do conjunto Les Luthiers.
No Trap argentino, Paulo Londra, superou em popularidade, a grandes músicos argentinos de vários gêneros, a nível mundial, sendo hoje em dia o argentino mais escutado do mundo, superando a popularidade alcançada apenas por Gustavo Cerati. No trap também encontramos, Duki, outra referência internacional do Trap Argentino, mas menos popular.